sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ainda hoje estás...

Talvez tenha sido tu que tenha deixado em minha alma,
Mais marcas, mais feridas, que até hoje abertas,
Não  se fazem cicatrizes, é como se sempre estivessem 
Vivas, como se fossem lágrimas ou lamentos eternos
Que na alma se fizeram fonte de dores e angustias.
Talvez tenha sido tu, que me abriu, me rasgou
E se apossou de mim sem cerimônia, como dona,
E eu, cativo a esse amor tão intenso, como agora sei,
Tão insano, não me permiti me guardar, me entreguei
Como se fosse o mundo dos sonhos se fazendo vivo,
Se fazendo espaço, se fazendo meu próprio tempo.
Me fiz servo, tuas vontades se faziam  minhas razões,
Teus desejos, os meu desejos, e até teu sonhos
Eu sonhava como fossem meus, me vesti todo de ti,
Te fiz canção, te fiz versos, te fiz minha poesia,
Te escrevi, te senti na eternidade de cada pensamento,
Nunca fui além, nunca ousei  pensar além de ti,
Deixei que sorvesses minha alma para ser todo teu.
Hoje é essa falta de mim... me levaste contigo,
Até os sonhos foram contigo, não ficou nada de mim
A não ser esse vazio cheio de tua ausência...


José João
29/05/2.015




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