sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sei fingir a verdade de ser triste

Grito meus momentos, angustias, saudades, carências.
Minhas poesias, desesperadas, gritam nos versos tristes,
Dores que me doem na alma. Rezo ladainhas em poemas
Cheios de lágrimas que se derramam no rosto
Como fragmentos do tempo, das lembranças e sonhos,
Grito no meio da multidão indiferente, sem tempo,
Outras vezes deixo o silêncio falar por mim, 
Numa demência que me faz ainda mais despercebido...
Não sou ouvido. Minha tristeza, inquilina dos meus olhos
Perdidos em olhares vagos, vazios, sem cor se faz em mim
Uma história, um história que se faz de sempre.
Ah! Essas minha verdades que ninguém vê! Nem ouve!
Nem sente! Dizem até que minha dor não é dor...
E que a tristeza dos versos são fingimentos da alma...
Dizem que sou poeta e não choro minha dor...
Que nos versos que choro apenas poetizo a dor alheia,
E assim, sozinho, fingindo pra mim mesmo 
Que sou feliz, quase acredito, tão bom fingidor eu sou!!


José João
08/02/2.015

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