sábado, 31 de janeiro de 2015

Inventei uma oração com teu nome

Essa saudade de ti, esse vazio de tua ausência,
Esse meu sufocar por não encontrar palavras
Que possam contar minha dor, essa tanta tristeza,
Tudo isso me faz inventar versos molhados,
Cheios de lágrimas, banhados de tristeza. Essa tristeza
Cheia de ilusões perdidas, restos de sonhos moribundos,
Caducos, que se arrastam lentos no tempo 
Sem contarem mais nada, sem serem mais nada,
Nem mesmo recordações, apenas fragmentos, 
Pedaços de mim que ficaram como passageiros
Que insistem em ficar por não terem pra onde ir.
Gemidos que minha alma chora se fazem vivos,
Orações desesperadas que nunca ninguém rezou,
São rezadas sem fé, por talvez serem apenas desespero
Que a alma faz de oração na esperança de ser ouvida.
Ontem rezei uma Ave Maria que começava com teu nome,
Oração que inventei, assim como se fosse um verso
Cheio de ti, mas é tão pouco o que os versos dizem...
E se as orações se fazem eternas..orei o teu nome 


José João
31/01/2.014

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Entre a solidão e a saudade

É noite, as horas se arrastam lentas, vagarosas,
Ridiculamente preguiçosas, como se estivessem
Com medo da madrugada, que ainda se esconde
No horizonte, mas vem chicoteando a escuridão,
Iluminando sutilmente caminhos e jardins,
Acordando pássaros, beijando as flores.
As horas ainda insistem em se fazerem lentas,
Passam arranhando lembranças e saudades,
Se arrastando dentro do nada, que habita,
Com a solidão, a noite, que quase se faz eterna
Em cada momento. Por que se existe dor
Que  não passa...é a dor da ausência,
Que a cada instante se eterniza, como se ela
Fosse a própria eternidade, e eu sentia 
Essa ausência como se faltasse um pedaço de mim,
Um pedaço de minha alma, que se sufoca
Em dolorido pranto, perguntando demente:
Porque essa tanta dor!? E a madrugada...
Segue empurrando a noite, que resiste...
Que insiste em ficar, como se apenas com ela
Eu sentisse essa toda solidão e saudade.

José João
28/01/2.015

Hoje meus olhos preferiram te procurar

Engraçado! Hoje meus olhos esqueceram
De chorar. Ficaram perdidos na distância,
Brincavam tentando ver uma estrada
Que meu pensamento insistia em criar,
Uma estrada cor de saudade, margeada
Por sonhos tristes, cheia de flores caídas,
Pareciam lágrimas de alguém que chorou ali...
E ficaram a toa, perdidas, sem serem mais flor,
Só resto (parecidas comigo). Os olhos corriam
Com olhares ansiosos a procura de tua imagem,
Coitados, se espremiam, se faziam pequenos
Como pedaços de sentimentos carentes, perdidos,
E a alma...que tudo vê e tudo sente se punha
Deitada sobre o tempo, cheia de lembranças de ti,
Sem precisar voltar nos ontens nem correr
Nos amanhãs. Ela te fez de sempre...
Eterna em cada momento.

José João
28/01/2.015

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ainda estás aqui... rindo do tempo.

Visto-me com teu perfume, e te sinto em mim,
Como se não tivesses deixado em teu lugar, tanta ausência.
Embriago-me com a fragrância da saudade 
Perfumada de ti, e me entrego em devaneios ardentes.
Deixo que a noite se tome por estrelas, por silêncios,
Por mistérios, que até esconda de mim os horizontes,
Onde talvez estejas. Busco em cada brilho da tênue
Claridade do luar, tua imagem, e me vens...
Todas as noites te trazem pra mim, ora em sonhos...
Sonhos que sonhamos juntos, ora em pensamentos,
Mas sempre estás dentro da saudade que se fez de ti,
E que me toma como se tudo em mim fosse tu.
Meus sentimentos se confundem entre nós dois
Mas, eu! Eu sei que te amo mais que a mim mesmo,
E de que adiantaria amar-me se em mim
Não estivesses? Ainda viva, apesar dessa ausência,
Que se faz ridícula, pois és tu que me preenche
O vazio que ela insiste em querer deixar em mim

José João
28/01/2.015




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A alma que chore sozinha...

 Hoje escrevi versos de palavras soltas, sem rimas,
Pedaços de poesias que se perdiam no tempo,
Palavras misturadas, sem sentido, algumas blasfemavam,
Outras gritavam em angustia, desesperadas, um adeus...
Um adeus que não passou, ficou guardado na ausência
Dolorida de um vazio demente com gosto de versos tristes,
Cheios de lágrimas chorando saudades. 
Um sorriso ridículo, de uma quase triste e descabida alegria,
Impedia os lábios de chorar com os tremores
Com que o rosto se contorcia na ânsia de fazer-se alegre
Para enganar a alma, que em silêncio, soluçava
Uma oração como se o nome dela fosse ladainha
A ser rezada em perene contrição. E eu! Ficava alheio
A tudo isso, me escondia dentro dos sonhos.
A alma se quisesse...que chorasse. Foi ela que viveu
Eternamente esse amor (em  mim é minha alma que ama)
Eu apenas lhe empresto os olhos e as lágrimas
Quando o adeus deixa a ausência cheia de saudade triste.

José João
26/01/2.015

Te amo, mesmo sem te conhecer

Não importam a distância, o tempo...onde estejas...
Vou te amar sempre...mesmo em segredo,
Sem que saibas...sem que o mundo saiba.
Só as poesias saberão teu nome, meu sentimentos,
Minha vontade de ti. Serás meu terno e divino
Segredo. Serás a confissão de minha alma
Para o infinito, só ele e eu podem entender
O tamanho desse sentimento...te amo.
Te amo sem que saibas...mas não importa...
Não vou amar por nós dois, isso é impossível,
Vou apenas te amar como sei que posso,
Te dizer palavras de carinho no silêncio do quarto,
Te contar, no silêncio da noite, os sonhos 
Que sonho contigo, em todos eles estás 
Dentro de mim, como se fosses meu pedaço
Mais completo. Não sabes nem que sei teu nome
E com ele faço poesias para alegrar minha alma,
Que diz sorrindo para o mundo, orgulhosa,
Que te amar é o mesmo que viver.

José João
26/01/2.015

sábado, 24 de janeiro de 2015

Poderias ter sido tudo...

Tu poderias ter sido tudo...tudo que quisesses,
Meus sonhos, meus momentos mais divinos,
Poderias ter sido a razão que eu precisava
Para me fazer vivo...me dei a ti, me entreguei
Sem reservas, todo e pleno, me vesti de ti,
Me misturei com teu cheiro, te deixei
Entrar em mim, em minha alma, como se fosses dona,
Aprendi a viver teus momentos, amar teus defeitos,
A respirar contigo e sentir o perfume que sentias.
Me entreguei sem medo do adeus, ou do amanhã.
Em mim, sonhava tudo eterno, sem nenhum depois.
Aprendi a olhar com teus olhos, voar contigo
Nos mais belos horizontes, até sonhar teus sonhos...
Eu aprendi. Te amei tanto que te poria
Dentro de mim, te guardaria dentro da alma,
Como se fosses dela o mais perfeito pedaço.
Aprendi a me ver dentro dos teus olhos,
Rezar teu nome, baixinho, todas as manhãs,
Ensinei meu coração, a cada pulsar,
Dizer, te amo. Te fiz tudo de mim, e poderias
Ter sido...Meu Deus... poderias ter sido tudo
Que quisesses! Mas... preferiste ser saudade!

José João
24/01/2.015

Ah! Essa saudade de ti!

                                     Ontem perdi as horas, a noite insistia 
Em não passar, As estrelas brincavam
De esconder atrás das nuvens,
A madrugada, parecia um horizonte distante...
Sem caminhos para chegar. E o silêncio!
Num demente monólogo sussurrava baixinho
O que nem ele mesmo podia ouvir. 
Mas a solidão! Ah! Essa, atenta, 
Enchia a noite, o espaço, o tempo 
E engolia qualquer emoção que ousasse
Ir além da tristeza. A saudade, como louca, 
Corria em desespero entre os sonhos,
Coitados, já amarelados, como velhos retratos, 
Rotos, aos pedaços, como restos de moribundos
Sentimentos tentava ir contra o tempo 
Para que este não apagasse as lembranças,
Fazendo-a não ter mais sentido...
Era tão angustiante o esforço da saudade
Para se fazer viva em mim. que...se vestia de ti.


José João
21/01/2.015




O tempo também é distância

Minha voz tropeça em reticentes palavras,
Um murmúrio corta sutilmente meu próprio silêncio,
Um devaneio me toma o sentido e te busca
Entre lembranças, pensamentos e sonhos.
Me entrego no vagar das horas, vou me buscar
Nos momentos que um dia vivemos e, de repente,
Sinto em meu rosto a doçura de uma carícia,
Me entrego todo, meu corpo treme,
A alma soletra teu nome, te chama em gritos,
Em sussurros, tropeça nos versos que cada letra
De teu nome compõe, mas depois, triste percebo:
As carícias em meu rosto... são lágrimas, 
São os olhos chorando tua dolorida ausência
Com um brilho triste de saudade, levando o olhar
A buscar no tempo, nos horizontes, até mesmo
Na minha vontade, a lembrança de teu rosto,
Um resto de teu perfume que tenha ficado
No tempo, mas o que vejo é esse mesmo tempo,
Lentamente, te afastando mais, te levando
Na distância num esvanecer tua imagem
Contra um horizonte que não existe.

José João
20/01/2.015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Anjos existem sim!

Dizem que anjos não existem, ou que existem
Apenas em nossa imaginação...mas os anjos...
Eles existem, eu sei. Sutilmente nos ensinam
Amar, sem troca, apenas amar por amar,
Nem a distância lhes apaga a presença,
Parece que estão tão perto que tocam o coração,
Invadem ternamente nossa alma, tiram o vazio
Que existia em nós, e nos permitem sonhar.
Um dia um anjo me ensinou a amar...
Me ensinou a magia da entrega total e plena,
Sem medo do adeus, nem das lágrimas,
Sem medo do amanhã, nem da distância,
Me ensinou sentir a intensidade do momento,
E faze-lo para sempre, como se aquele 
Momento  enchesse todos os amanhãs.
Meu anjo me ensinou amar e...se foi...
Afinal era um anjo, mas nunca esqueci, 
Os anjos nos ensinam amar...se vão,
Mas não nos deixam vazios e nem sós,
Deixam uma saudade gostosa de sentir
Como se a qualquer momento nos dissessem:
Estou aqui. Voltei


José João
22/01/2.015

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A tristeza de uma saudade (triste)

Lembranças que me vêm lá de longe
Trazidas pela saudade, gritando versos tristes
De rimas soltas, como se não precisassem de melodia
Para falar de tristezas e dores. Os momentos se fazem
Orações, contas de um rosário do tamanho da vida,
Onde as Ave-Marias são rezadas pelos olhos
Com as lágrimas choradas pela alma que se derramam
Em versos de clemência, pedidos de perdão...
Pelas blasfêmias  que a angustia faz gritar em desespero
Como se tudo fosse apenas dor. Um vazio se espalha
Pelos sonhos engolidos pelo tempo, como se nada fossem,
Nem mesmo lembranças, talvez só um saudade ...
E não aquela gostosa de sentir, mas uma saudade
Dolorida. Cheia de pedaços perdidos, disformes,
Que não se juntam mais para fazer, pelo menos,
Uma história, mesmo que fosse uma história triste.


José João
20/01/2.015


domingo, 18 de janeiro de 2015

A dor que tua ausência traz.

Estou só, em uma casa vazia, repleta apenas
Com a tua ausência, que se veste de angustia,
Me toma todo, e me faz ficar entre o vazio e o nada.
Choro... e entre um e outro soluço, a tristeza grita
Que chore bem alto, que grite ao mundo a dor que sinto,
Já a solidão, em mudo falar, me diz pra chorar baixinho
Para que minha alma, em cada soluço, ouça teu nome.
Os versos se enchem de lágrimas, as palavras se perdem,
Não contam dos sonhos que sonhei, que não esqueci,
Não contam dos momentos que vivi, cheios de nós, 
Querem apenas falar de tristezas e saudade...
De lembranças que se fragmentam num pensar demente,
Como fossem trapos de pensamentos puídos pelo tempo,
Sem um alinhavo que possa junta-los, faze-los inteiros
Mesmo remendados por lembranças quase mortas
E sonhos caducos que insistem em se fazerem
Pedaços de mim. A casa de se enche de silêncio,
Eu, de angustiante saudade, e a alma...da falta de ti.


José João
18/01/2.015

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Ah! Se fosse apenas solidão!

Quem dera fosse apenas solidão
Essa dor que sinto, que me toma todo,
Me invade como se apenas eu lhe pudesse
Fazer viva e cheia desse mórbido prazer.
Quem dera fosse essa dor apenas de tristeza
Porque a saudade tomou conta de mim,
Se apossou comodamente da alma
E fez-se única habitante, fabricando lágrimas,
Me ocupando os olhos e povoando os sonhos
De lembranças mortas. Ah! Se tudo que sinto
Fosse dor de solidão...dor de saudade...
Ou até mesmo de tristeza! Se fosse, eu ainda
Diria: Amanhã vou ser feliz. Mas essa dor
É diferente, é cheia de tua ausência
Que em mim deixam profundos vazios
E me tomam todo em uma demência incoerente
Como se a razão fosse loucura. Não me permite
Que a existência se faça vida, me permite apenas estar, 
Como se fosse tão incoerente viver. Uma vontade
De chorar (até descabida....estou tão vazio)
Me aflige a alma cheia de solidão...de saudade...
De tristeza...e ainda tua ausência...
A transbordar-me a vida.

José João 
13/01;2.015

Uma tristeza só minha

Lá fora, um silêncio gritante
Como se tudo estivesse triste,
Como se até o tempo estivesse chorando.
A brisa parecia soluçar em triste agonia,
Como se tentasse cantar uma canção
Sem encontrar a melodia. Um trinado
Distante, um gorjeio cheio de saudade
Deixava a tarde mais triste ainda,
E eu, me debruçava sobre minhas lágrimas
Que teimavam em molhar os versos
De uma poesia que insistia em não se fazer,
Se deixar incompleta ou fazer-se apenas
Um verso...com teu nome, e assim
Se fazer uma poesia completa e viva.
Deixei que a saudade tomasse conta de mim,
Me pusesse no colo, afagasse minha alma,
Me trouxesse os sonhos que sonhei contigo,
Trouxesse, pelo menos, pedaços de mim
Repletos, completos de ti, cheios de nós,
Mas foi a solidão quem veio, e trouxe...
Essa tristeza que é só minha.


José João
13/01/2.014




quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Uma história que não sei contar

Dentro de mim deve haver uma história
Que não sei contar por não lembrar de te-la vivido,
Mas tem, eu sinto, há uma história escondida dentro de mim,
Talvez minha alma não queira contar para poupar-me
De uma dor maior, quem sabe de uma saudade, 
Dessas que ninguém suporta! De um adeus que me foi dito!
Essa angustia que não quer passar, essa ansiedade
Descabida, essa ausência que não sei dizer... mas sinto.
As vezes é uma vontade de chorar que não sei de onde vem,
Um sufocar-me no meu próprio silêncio cheio de vazios,
Sem palavras para, pelo menos, me enganar, fingir
Que as tenho e mentir para mim mesmo dizendo coisas
Que nunca ouvi, falar de momentos que parece...
Nunca vivi. Mas há de haver uma história dentro de mim
Talvez até escrita em pedaços, em fragmentos de poesias
Perdidas no tempo e de mim, retalhos de sonhos
Alinhavados por pensamentos dementes em trapos rotos
Dos versos sem rima que ainda não escrevi.
Por não saber da história que sei existir dentro de mim.

José João
)7/01/2.015



sábado, 3 de janeiro de 2015

Um silêncio difícil de entender

Como doem as palavras que não eram
Para serem ditas! Como doem!!
Dói mais ainda as palavras mudas, gritadas
Pela alma, com os olhos frios como vento de inverno,
Com um olhar demente, vazio, sem cor, cheio de nada
Porque os sentimentos secaram, murcharam,
Se fizeram pedaços rotos, trapos de sonhos mortos
Ou de ilusões que nem deviam ter nascido.
Como dói o silêncio de um adeus dito sem palavras!
Perguntas sem respostas, pensamentos descabidos,
A alma se deita em prantos e tudo fica tão pouco!
Os pensamentos se perdem num pensar sem razão,
Se confundem tentando entender o que não
Pode ser entendido. Afinal, palavras não foram ditas!
Apenas o silêncio se fez verbo e a ação se fez dor.
Quem dera tivesse havido um grito de adeus!
Haveria apenas e simplesmente uma pergunta: Porquê?
Mesmo que a resposta fosse ridícula (como é ridícula
a resposta para qualquer adeus) mas pelo menos,
Não seria o silêncio gritando para a alma
O que ela não pode entender.

José João
03/01/2.015