quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dores de outono, lágrimas de primavera.

Quando a saudade me traz lágrimas, em abundante trazer,
Como fossem flores trazidas pela primavera, meu olhos
Se perfumam, se fazem jardins, onde a alma se espraia
Em prantos, gritando no clamor de um mórbido silêncio,
A tua ausência. E como pétalas caídas em fim de primavera
Se vão, perdidas, a serem esquecidas no chão do tempo.
Foi assim antes, quando as lágrimas, como folhas de outono,
Num triste soltar-se ao mundo, caídas, moribundas no chão,
Ainda assim iam com o vento, rolando com poeira e solidão,
Num convulsivo derramar-se nas dores que tua ausência traz.
Entre a tristeza melancólica do outono e a beleza colorida
Da primavera, meus olhos se perdem em tua procura
Na busca ensandecida, ainda que por caminhos perdidos,
Encontrar teus rastros, mesmo na ilusão dos sonhos
Sonhados em vão, sonhos cor de tristeza, como flores
Que o sol se esqueceu de aquecer, a brisa de beijar,
E a garoa de molhar.Ah! Essas minhas lágrimas...
Que perderam o viçoso verde das folhas de esperança,
Perdeu a cor, o brilho de pétalas vivas, e se fizeram
Borboletas, procurando a esmo sonhos para beijar...
Ou...sonhar

José João
18/11/2.014




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