quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O anjo que sonhei

Hoje tive um sonho, desses sonhos que se sonha
Quando a solidão nos abraça, quando a carência
Nos afaga sorrindo, lembrando ausências doloridas
E trazendo saudades que não passaram ainda.
No sonho, que nem sei se sonhei, ou vivi,
Havia um anjo, desses que não se sabe de onde vem
Mas chega, entra sem licença em nosso coração,
Brinca com a alma triste de tão carente, se acomoda
Facilmente como se sempre nela estivesse,
Sonhei, um desses sonhos de quando se está só,
Desses que trazem divas, divinas presenças angelicais,
Vestidas de esperança, povoam os sonhos, pensamentos,
Despertam anseios, vontades, fazem até a alma
Cantar canções novas criadas pela vontade
De se feliz. De repente, o sonho se faz um sopro de tempo,
O anjo que habitou a alma (por tão pouco tempo) se vai,
Sorrateiro, entre as palavras mal entendidas..
O coração, que pulsava alegre, se enche de prantos,
A alma se faz em lágrimas. Solidão e carência sorriem,
Quando o anjo que chega sem se saber de onde vem,
Vai sem se saber pra onde vai. Mas sabe-se o que deixa...
E outra vez a saudade a se faz dor,

José João
15/10/2.014


Um comentário:

  1. Só o tempo é capaz de curar a dor da alma ou pelo menos anestesiá-la.
    Lindo!

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