terça-feira, 5 de agosto de 2014

As lágrimas de um poeta

 Lágrimas, prantos, saudade, são guardados do poeta,
Por vezes ficam dentro da alma, carinhosamente...
Como pedaços de sua própria vida, verdades,
Sonhos que nem foram sonhados, sonhos já sonhados
E mortos, lembranças distantes, ou vontades
Que nunca aconteceram e jamais passarão de apenas
Vontades. Tudo isso o poeta guarda como relíquias,
Dores antigas, momentos que se pensava esquecidos,
Escondidos no tempo, sem caminhos de volta,
Mas o esquecimento, pregando peça ao poeta,
Traz tudo outra vez, até dores já caducas
Ficam parecendo dores de ontem ou nunca passadas.
Ah! O poeta! Se não fosse poeta como viveria?
Como viveria sem a dor de um adeus?
Sem uma saudade para chorar sorrindo, brincando
De brincar com a solidão, cativa de suas noites?
Mas ser poeta é bom, é dar vida aos sonhos 
E fazer de suas dores pedaços dele mesmo.
E o bom de ser poeta é poder chorar em qualquer lugar,
Na frente de qualquer um, sem nenhum pudor...
Só lhe basta um lápis e... qualquer pedaço de papel.


José João
05/08/2.014



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