sábado, 30 de agosto de 2014

Só o tempo entre duas lágrimas

As vezes minha solidão, sem nenhum pudor, me sorri,
Divertindo-se com minha dor no meio da multidão,
Se faz forte, se faz viva, se faz presente, sem se importar,
Com os tantos rostos que passam por mim, alguns sorrindo,
Outros fingindo, alguns sem nenhuma expressão, e vão...
Indo não sei pra onde, mas a solidão fica ali comigo,
No meio da rua, onde ela se faz bem mais dolorida.
Outras vezes ela é discreta, se faz passar despercebida,
Me permite até gargalhar, contar histórias divertidas...
Mas de repente ela me envolve, sem que ninguém perceba,
Sorrateira se escondendo entre minhas lembranças e sonhos,
Espera paciente que a noite chegue e se faz dona de mim.
Nunca fico só, nem entre a multidão, ou no silêncio do quarto.
Ela sempre está ali, junto, perto, até sinto seu gosto,
É um gosto de lágrimas tristes, de soluços, acho...é isso.
As vezes ela fica comigo até a madrugada chegar...
Quando, talvez cansada de me acalentar, me deixa
Dormir um pouco. Um sono rápido, porque ela diz
Ser impossível que possamos viver separados
Por um tempo maior que a distância entre duas lágrimas.


José João
30/08/2.014

O que não aprendi como você

Você me ensinou tanto! Coisas que nunca esqueci,
Que até hoje trago comigo como velhos guardados
Que me acompanham como se fossem minhas relíquias.
Me ensinaste a  brincar com os meus medos,
A faze-los parte insignificante de mim, perdidos no nada.
Correr entre caminhos de sonhos, de mãos dadas,
Escrever histórias de nós dois cheias de poesias.
Ah! Como aprendi! Me ensinaste que cada dia
Era um novo começo pra nós dois, e todos eles,
Poderiam ser coloridos, só dependia de nós
E pintávamos os dias, cor de ternura, cor de alegria...
Me ensinaste a amar, amar com a alma, sem palavras,
Mas repletos de nós dois. Dizíamos: Te amo
Com a eloquência de nossos olhares que brilhavam
Como se o brilho fosse um grito divino do amor.
Contigo aprendi a caminhar sem tropeçar nas angustias,
Sem medo dos amanhãs, cheio da certeza de viver.
Me ensinaste tudo de belo...mas hoje o que sei bem,
Não foste tu que me ensinou...foi tua ausência...
Viver nessa solidão e fabricar...lágrimas tristes.

José João
30/08/2.014

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Loucura!

Hei de um dia ver-te, assim eu sonho,
A chorar alegre entre meus braços...
Não com lágrimas atiradas pela dor
Mas por ouvir o grito insano do amor

Sim, todo amor é louco, até sem razão
Explicar! O quê?  Se todo amor é louco!
Ainda tuas lágrimas molharão meu peito
Como se para o amor fosse o único jeito

Perguntariam a mim então. Jeito de quê?
Ora bolas, de perpetuar duas existências
Uma é essa que tantos já nem mais falam
Amar. Quem ainda se lembra? Ah! Calam!

A outra, é dar vida ao ridículo, porque não?
Perpetua-lo como prova nobre da existência
De um sentimento. Chorar, não dizem, é ridículo!
Que perpetuemos esse  (pra mim) encantamento

Mas ainda hei de ver-te soluçar no meu peito
Não esses soluços cheios de nada e tristes
Mas soluços gritados ao mundo e sem medos
Que agora, depois de tanto, ainda existes.

Aí me chamam de louco, que posso fazer?
Hei de ainda ver minha loucura sorrindo
Quando te ver alegre chorar em meu peito
Mesmo sabendo que é um sonho mentindo

José João
28/08/2.014




quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Apenas um soluço

A poesia chora silenciosa, em lágrimas carentes,
A tua falta. Rima teu nome com saudade,
Não põe ponto no fim dos versos para que não tenham fim,
Fiquem sempre versos inacabados, na esperança vã
De um final feliz. As palavras se perdem na desordem
De pensamentos feito aos pedaços, em fragmentos,
Pedaços soltos fugindo das dores e dos medos sentidos,
E vividos, desde quando um adeus se fez dor de sempre
E nem  era pra ser poesia, não fosse a insistência
Da solidão em  fazer de cada verso um pedaço de mim.
O silêncio ensinou palavra por palavra a falar
Apenas para a alma, sem se importarem com os gritos
Que o desespero tentava dar para faze-las mais tristes,
Os versos se faziam passivos, silenciosos, chorosos,
Como se a poesia não precisasse ficar poesia,
Ou não tivesse pressa de ser poesia, ficasse apenas
Como um soluço chamando teu nome.


José João
27/08/2.014



terça-feira, 26 de agosto de 2014

É maior essa dor de agora

Estavas tão dentro dos meus sonhos que os pensei
Possíveis. Te acomodaste dentro de mim. Toda,
Ocupando todos os espaços que minha alma permitiu,
Sem te perguntar se querias ocupa-los. Me fiz teu,
Sem te pedir, sem nada te dizer, apenas me fiz teu.
Te fiz morar em todos os meus pensamentos,
E engraçado, todos eles eram segredo pra ti,
Mas me entreguei como se fosse preciso para viver.
Te lia nas histórias que minha alma escrevia,
O carinho de teu olhar, o sabor de teus beijos...
Ela escrevia páginas de vida na minha doce ilusão,
No meu tão infinito desejo, na minha loucura
De ser teu. Como te fiz meus mais doces versos!...
Minhas mais ternas poesias! Meu mais eterno sentir!
Te amei assim, sem que precisasses saber...
Eras o segredo mais intenso e verdadeiro
Que minha alma guardava...só nós dois, eu e ela,
Hoje choramos juntos tua ausência...e dói muito mais
Que te amar sem que soubesses.


José João
26/08/2.014



Era uma vez um sonho...

É um sonho que não termino nunca de sonhar,
Um sonho de tantos recomeços...sem nunca ter um fim,
Parece uma sinfonia inacabada, uma melodia infinita,
Cheia de acordes que nunca ninguém criou,
Assim é o meu sonho, cheio de um rosto que nunca vi,
De um perfume que nunca senti, de palavras que nunca ouvi,
Mas de sensações vivas cheias da vontade de ser feliz.
Nas noites, qualquer que seja a noite, estou ali sonhando.
Entre a multidão, entre os rostos desconhecidos,
Na pressa de cada um, procuro um rosto que não sei,
Mas que está em meus sonhos, mesmo sem nunca ter visto.
Parado no tempo, como se tudo fosse igual ao que passou,
Quando o ontem e o hoje se confundem por ser a mesma
História...me vem o sonho, trazendo um rosto que não
Conheço, mas sei que existe, que está em algum lugar.
Assim, em qualquer lugar, começo meu sonho...
Todo dia é um novo recomeço do mesmo sonho...
Mas sempre fica em pedaços, incompleto, inacabado...
Como se fosse uma história que começa assim...
Era uma vez um sonho que...nunca se fez verdade.


José João
26/08/2.014



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Uma saudade diferente

As vezes, uma saudade do tamanho de minha alma
Me toma todo, me invade, se faz dona de mim,
Me leva pra não-sei-onde, me diz não-sei-o-quê,
Me deixa demente, como se o mundo fosse um sonho
Que não se sabe onde começa e até onde vai.
Uma saudade que não sei dizer... como se a vida
Me escondesse alguma coisa, ou apenas quisesse
Me martirizar como se tentasse me fazer esquecer
O que nunca me aconteceu. Vou me buscar nos sonhos,
Sonhos antigos que sonhei desde criança, mas me vêm
Imagens de sonhos que nunca sonhei, pedaços de vida
Que nunca vivi. Mas é tanta a saudade que sinto
Que meus olhos se umedecem em lágrimas silenciosas,
Como se não soubessem porque choram.
Meus pensamentos se perdem na distância de um tempo
Que não é o meu, ou pelo menos penso que não seja,
Mas imagens vagas, que não se vê com os olhos,
Se agitam como se estivessem brincando entre dois mundos,
Um, cheio dessa saudade que não sei dizer... o outro
Cheio da carência que essa saudade me traz.


José João
21/08/2.014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Deixem-me pelo menos ...

Há quem diga que não é minha alma quem escreve
Meus versos. Que são apenas fantasias de palavras
A enfeitarem ilusões, coisas que nunca foram verdades.
Dizem que minhas poesias não são minhas lágrimas,
São apenas versos bordados em pedaços de poemas
Que não falam minha dor... nem minhas angustias, 
Calo, deixo a alma render-se aos prantos que chora,
Não por se sentir triste com o que dizem...mas por se ver só
Entre tantos e áridos desertos, secas paragens vazias...
Onde nem ao menos uma  saudade floresceu.
Se choro as ausências, as saudades, as carências,
Se choro ainda dores de distantes adeus que ouvi...
Mesmo os ditos no silêncio de um olhar triste...
É porque os sinto até agora e a alma não permite 
Que se façam esquecidos, são pedaços de minha vida,
Estes sim, bordados carinhosamente com lágrimas,
As vezes até em ponto cruz, como se fossem
Orações rezadas, como se a alma de braços abertos
Em ladainha muda, nos versos que escreve, dissesse:
Se não me amam...deixem-me pelo menos ...
chorar em paz.

José João
19/08/2.014






segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Loucura... essa minha carência!

Loucura?! Talvez. Mas por vezes as lembranças
Me vêm tão vivas, que parecem de ontem,
Coisas que nunca fiz. Nem sequer sonhei...
Musicas que nunca ouvi, acordes desconhecidos
De melodias cantadas pela brisa, em momentos,
Que, eu sei, nunca vivi. Não sei como me chegam...
Talvez trazidas por uma carência que se faz tanto
Como se fosse a vida me convidando pra viver,
E ela mesma me traz, de saudades que nunca senti,
Fragmentos de momentos que ainda podem acontecer.
Lembranças perdidas desde quando nunca as tive...
Porque os momentos não existiram... mas quem sabe,
Talvez seja minha alma em louco desejo de ser...
Poeta e poesia, se escrever em versos e ser poema
Amar como poeta e ser amada como poesia...
Dizer: Te amo... e ouvir... também te amo...
Coisa que ela faz tanto, grita em desespero, mas...
Nunca mais ouviu...

José João
18/08/2.014

sábado, 16 de agosto de 2014

Minhas mil lágrimas.

Eu agora já sou tão pouco, tão quase nada,
E nada seria, não fosse essas minhas mil lágrimas
Choradas em versos que alma me deixou chorar.
Tão menos seria ainda, se esses mesmos versos,
Declamados pela alma como lágrimas, não contassem,
Todos eles, histórias intensamente sentidas e vividas.
Ah! Essas minhas mil lágrimas! Algumas choraram
As mesmas dores, outras choraram apenas saudades,
Algumas choraram angustias, outras choraram mágoas,
Quantas foram por carência...não sei mas foram muitas,
Tantos adeus, ausências, o frio das madrugadas,
Os soluços silenciosos, quando a solidão me abraçava,
E tomava conta de minhas noites...são mil lágrimas...
Mas nenhuma igual a outra, embora todas reluzentes...
As vezes elas se faziam menos tristes, nunca alegres,
Apenas menos tristes, as vezes se faziam mágicas,
Como versos soltos procurando lugar para ficar,
Invadindo corações que nem sei de quem, mais iam só,
Não me levavam com elas, as vezes eram tantas
Que se faziam poesias...hoje, não fossem minhas
Mil lágrimas, nem história teria para contar.


José João
15/08/2.014





sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A perda de um verdadeiro amor

As perdas se fazem para sempre quando se ama,
O esquecimento se faz um mero não esquecer...
O coração se enche de tudo aquilo que a dor permite...
E nunca mais fica vazio, ao contrário, fica repleto
Do que sobra quando um amor verdadeiro se vai...
Ficam saudades, angustias, mágoas infindas...
E o que mais machuca...a carência que fica
Gritando dentro da alma a ausência dolorida, 
Matando os sonhos que um dia se fizeram esperança
De vida. Tudo fica triste como se nada mais
Fosse preciso...nem mesmo sonhar. Nada existe mais.
A alma grita em desespero a solidão que lhe toma...
O coração parece querer gritar dentro do peito,
Os olhos...se enchem de lágrimas como fossem
Pedaços da alma a saírem feito loucos ao tempo....
Mas sem lugar pra chegar e... nem lugar pra ficar...
Em qualquer lugar a dor é a mesma, só mudam as lágrimas,
Até o vazio se enche da mesma dor. Mas um nome
Fica nos lábios, como oração a ser rezada, sem fé,
Porque a alma está cheia de mágoas, e contrariando
O coração, os lábios dizem: Não te amo mais.


José João
14/08/2.014






segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Nunca vou desistir de você

Não desisti, não desisto e não vou desistir de ter você,
Que passe o tempo, que o mundo se perca em pecados,
Que as promessas se façam pedidos perdidos 
Aumentando as dores dos corações que vivem sozinhos.
Que o mar não desenhe mais em suas águas
Os caminhos dourados do por do sol, não cante mais
Com a brisa canções de notas desconhecidas e tristes.
Não importam os caminhos, o silêncio de tua voz,
Não importa que o tempo se faça mesquinho, e chame
O esquecimento para cobrir e esconder teu nome.
Não importa...não vou desistir nunca de ter você.
Que zombem de minhas lágrimas, que riam, 
Que me achem ridículo e me deixem recluso, só,
Em qualquer canto do mundo como um louco perdido,
Com um olhar vago olhando o que ninguém vê.
Não importa...não vou desistir de você...nunca.
Afinal... para quê existe a saudade? A não ser para
Se amar duas vezes... uma quando se está perto,
E  a outra, e mais intensamente, quando se etá longe,
Muito além de qualquer estar. Assim, querida...
Nunca vou desistir de você


José João
11/08/2.014







quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Eu. Um resto de homem

Eu? Eu sou um resto de homem, que cheira a noite
Deitado na calçada, fazendo versos vazios e sem rimas
Para os sapos e pirilampos brincarem de não ouvir.
Sou aquele que faz amor com a lua na lama da rua
Onde ela se deita misteriosa, despudorada e nua,
Ouvindo meus poemas de palavras rotas e cruas.
Sou o espectro de um raio de luar perdido na escuridão,
Fazendo sombras entre as folhas que o vento balança,
Cantando canções sem começo, meio ou fim.
Vim de longe, lá de onde um adeus faz a vida
Ficar tediosa e cheia de defeitos, faz os olhos
Chorarem aos gritos dores que a alma sente,
Faz as mãos tremerem lívidas, carentes,
A se esfregarem sofregamente como se fosse carinhos.
Faz as lágrimas se tornarem fontes e... prantos
Se tornarem rios...e o rosto? A se contorcer em careta demente
Como se tivesse vergonha de ser...o rosto da gente

José João
06/08/2.014



terça-feira, 5 de agosto de 2014

As lágrimas de um poeta

 Lágrimas, prantos, saudade, são guardados do poeta,
Por vezes ficam dentro da alma, carinhosamente...
Como pedaços de sua própria vida, verdades,
Sonhos que nem foram sonhados, sonhos já sonhados
E mortos, lembranças distantes, ou vontades
Que nunca aconteceram e jamais passarão de apenas
Vontades. Tudo isso o poeta guarda como relíquias,
Dores antigas, momentos que se pensava esquecidos,
Escondidos no tempo, sem caminhos de volta,
Mas o esquecimento, pregando peça ao poeta,
Traz tudo outra vez, até dores já caducas
Ficam parecendo dores de ontem ou nunca passadas.
Ah! O poeta! Se não fosse poeta como viveria?
Como viveria sem a dor de um adeus?
Sem uma saudade para chorar sorrindo, brincando
De brincar com a solidão, cativa de suas noites?
Mas ser poeta é bom, é dar vida aos sonhos 
E fazer de suas dores pedaços dele mesmo.
E o bom de ser poeta é poder chorar em qualquer lugar,
Na frente de qualquer um, sem nenhum pudor...
Só lhe basta um lápis e... qualquer pedaço de papel.


José João
05/08/2.014



Coisas de poeta.

A tristeza me ensinou  ser artista... pintor,
Pinto céu com estrelas brilhantes, raios de luar
Cor de saudades, pinto noites claras, sem escuro,
Na insonia que me faz ver a madrugada nascer
Dentro de um vazio sem cor, que me habita 
Desde um adeus que, sem palavras, foi dito
Com a eloquência de um olhar gritando dentro
Da alma,  ajoelhada, e muda, chorando em silêncio, 
A tristeza me ensinou ser artesão, de fino trato,
Faço colares de lágrimas, tão transparentes,
Que através delas, pode-se ver a dor que choro.
Sei bordar pedaços de sonhos, de cada sonho
Um pedaço, até formar um sonho que tive
Vontade de sonhar e nunca sonhei. Nunca vivi.
Também me ensinou ser poeta, escrevo versos
Em poesias que vão ao tempo, escritas em páginas
De angustias, decoradas com pedaços de solidão,
De soluços (antigos) de quando ainda não sabia
Que com sorrisos também se chora... coisa de poeta.
Quem, além do poeta, chora feliz a dor de uma saudade?


José João
05/08/2.014



sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Em mim, uma criança é quem chora

Deixem que sinta essa dor que é só minha
Tenho o direito de senti-la, afinal, procurei
Fui eu que, sem perguntas, me entreguei...
Agora choro essa dor...dor que nunca chorei

Me deixem ser criança e chorar ao tempo,
Sentir o peso de um adeus que nunca disse
Culpa do destino, fez a vida em desalinho
Me perder nos passos e voltar a ser menino

Então, por um momento apenas, deixem
Que chore essa dor...dor de alma carente
Dor de saudade que chega assim de repente

Em mim, eu sei, sempre morou uma criança
Que se entregou a vida, como se fosse brincar
Para um dia, pelo homem, ela inocente, chorar


José João
01/08/2.014




Coitada da solidão!

Ah! Essa solidão! Quer sempre fazer a noite triste,
Me fazer chorar tua ausência, faz tudo para que me sinta
Sempre só. Pobre solidão...tão inocente, rio-me tanto
Quando ela chega e invade a noite, me olha nos olhos, 
Enche o vazio com sua presença, coitada...vai buscar
Dores que pensa que ainda sinto, tristezas que se foram,
Faz o silêncio ficar mais silêncio ainda, faz a noite muda,
E eu!? Olho tudo, deixo que ela se sinta realmente solidão.
Aí calmamente vou buscar meus sonhos... e eles vêm...
E neles não há nada que não possa fazer contigo...
Tua imagem vem, passa por cima dela, ilumina a noite,
Dança, alegre com minha alma, canções só nossas.
As estrelas brincam de brilhar, enfeitam meus olhos...
A brisa lá fora sussurra canções de amor... e o amanhã,
Já na madrugada, começa a se alegrar entre o jardins,
Onde as flores me lembram teu perfume...e a solidão?
Fica lá num cantinho, sem saber o que fazer...
Olhar perdido no chão, não me olha mais nos olhos...
Se olhasse, veria neles tua imagem rindo dela.


José João
01/08/2.014


Nossas almas já se conhecem tanto

Deve ser  meu destino, te buscar onde não sei,
Te procurar onde não estás...mas sonhar contigo.
Deve ser meu destino, saber que existes,
Não saber teu nome, mas sentir teu perfume ao vento,
Tua presença em tudo que me cerca, sentir teu olhar,
Mesmo nessa tua ausência que faria a vida vazia,
Não fosse ter aprendido o prazer de te esperar,
E a certeza de que estás em algum lugar...
Talvez até me esperando, como te espero agora,
E o destino brincando de esconde-esconde
Nos deixa assim, nossas almas tão intensamente juntas
E nossos corpos esperando por nós dois...
Será acho que o destino nos fez dizer adeus
Antes de nos encontrarmos? Ou está preparando
Nossos corações para um amor que nunca...nunca
Ninguém teve o prazer de sentir? Te espero desde muito,
Brinco de adivinhar teu nome, saber a cor dos teus olhos,
Brinco até de te esperar, sentado nas margens de caminhos
Floridos que meus pensamentos criam na ansiedade
De te ver chegar...sem precisar dizer mais nada...
Porque nossas almas nos dizem até nossos segredos.



José João
01/08/2.014