quarta-feira, 18 de junho de 2014

Perguntas que a tristeza faz

Pergunta-me a tristeza desde quando e até quando
Vou derramar-me em prantos. Até quando estarei
A desmanchar-me em lágrimas, como se fossem
Gritos que a alma em silêncio grita pela dor que sente,
Que chora no silencio das madrugadas frias
Cheias de saudades, de sonhos perdidos, derramados
Nas noites molhadas de prantos que a alma chora.
Pergunta-me a tristeza, até quando vou caminhar
Sozinho, ouvindo o eco dos meus suspiros,
Como fossem lamentos gritados dentro do peito,
Cheio de angustias, silencioso como se fosse oração,
Todos os ais que o coração chora como se pulsar
Fosse um soluço da alma que triste soluça sozinha
Entre as tantas saudades que dentro dela ficam
Se fazendo pedaços perfeitos de ladainhas mudas.
Pergunta-me a tristeza, até quando as lágrimas
Se farão jorrar em meus olhos como cascatas
Correntes que murmuram tristes, a dor
Que só ela sente. Pergunta-me assim a tristeza...
Respondo com o silêncio o que ela há muito ela já sabe


José João
18/06/2.014

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