segunda-feira, 23 de junho de 2014

A dor da solidão que sinto

Andar só, foi o que sempre fiz, andar sozinho,
Até no meio da multidão, tão solitária quanto eu,
Sigo só, como se fosse sombra que ninguém vê.
(A solidão dói muito mais quando não se está só)
Ah! A Multidão! Nunca é companhia pra ninguém.
Aprendi a viver assim, lembrando os sonhos que sonhei,
E vivi, chorando os sonhos que sonhei e se foram,
Por entre as saudades de não tê-los vivido. 
Meu silêncio se faz poesia, poesia solta, a toa,
Indo sem rimas, remendando versos rotos,
Rasgados na alma por soluços que não param
De gritar a dor que a pobre alma sente.
Ando triste por aí, carregando gemidos no peito,
Tristeza no olhar, angustia na voz e sonhos mortos,
Levo alguns adeus ditos por silenciosos olhares,
De outros ainda ouço os gritos, mas todos dentro
De uma saudade tão grande que se faz dor.
Mas vou indo, só, de braços dados comigo
Como se eu fosse dois, um eu, grita em desespero
A dor da solidão que sente, o outro, junta os pedaços,
E vai sorrindo, e vai fingindo, chorando alegremente...
Com as tantas lágrimas que a tristeza faz chorar


José João
23/06/2.014



Um comentário:

  1. Profunda e bela poesia que li por aqui.
    Grata por partilhar. Deixo abraço de amizade.

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