sábado, 15 de fevereiro de 2014

Mentindo pra minha alma

Amei, amei como se o amor fosse uma doce loucura,
Me entreguei sem pensar em prantos, adeus ou saudade.
O momento se fez infinito, eterno em cada olhar, cada beijo,
Até num simples tocar de mãos, nos passeios entre flores
Desabrochadas na primavera, perfumando nosso espaço,
Amei com toda minha alma, que se entregou, desde o começo,
Como se o tempo tivesse parado o mundo e começasse dali,
Com nós dois, parecia até que criamos o amor pra nós,
E ele se fez passivo em nossos corações e almas.
Entramos um no outro numa perfeita fusão de alma e carne
A nos fazermos apenas um. Como te amei! Como te vivi!
Me fiz teu, todo teu, me entreguei a ti servir cativo,
Vivendo teus sonhos como fossem meus, respirando teu ar
Como se precisasse respirar por nós dois, me fiz teu,
E ti fiz a plenitude de mim, ti fiz minha sofreguidão de viver.
Deixei de sonhar meus sonhos, os teus eram mais belos,
E aprendi a ti amar mais que a mim mesmo. Não fosse assim
Não saberia viver, afinal era esse amor que me fazia ser eu.
Ai, amor! Até a vida chorou quando um adeus em silêncio,
Sem tempo de ser dito, nos separou. E agora digo que vivo
Pra enganar minha alma, que te chama tanto e sempre digo a ela
Que foste só até ali, naquele horizonte que nunca vimos...
Mas que vais voltar... um dia

José João
14/02/2.014





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