sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Era uma vez uma alma que...

Minha alma, não sei, talvez nasceu chorando,
Minha alegria é sempre triste, minhas lágrimas...
Ah! Essas brigam com meu sorriso, se acusam,
As lágrimas dizem que só elas sabem gritar minha dor,
O sorriso diz que só ele sabe fingir a dor que sinto.
Assim os sorrisos as vezes também são lágrimas,
Só que as verdadeiras lágrimas, egoístas, não entendem,
Acham que só elas podem chorar a dor, essa dor
Que nasceu comigo vinda de não sei onde.
Eu, talvez tenha nascido diferente, quando nasci
A saudade já me pegou no colo, me ensinou a senti-la
Até antes mesmo de aprender dizer: Eu amo
Até a solidão se fez simplória, me pegava no berço,
Cantava canções de ninar, dessas que a gente dorme
Sonhando que amanhã vai ser feliz e o amanhã
É sempre o mesmo e ela, a solidão, sempre mentindo,
E até hoje me engana, quando nas tantas noites
Se deita comigo fazendo as mesmas promessas.
Talvez minha história devesse ser contada assim:
Era uma vez, uma alma que nasceu depois do começo 
De sua própria história e...


José João
29/11/2.013







Um comentário:

  1. JOSÉ JOÃO !!! UM BRINDE A BELEZA !!! PARCEIRO !!! MAIS UMA VEZ ME ENCANTAS COM TEU POEMA MARAVILHOSO !!! O TOCAR OS CORAÇÕES É UM DOM E DEUS FOI GENEROSÍSSIMO CONTIGO !!! DANDO-LHE ESTE CORAÇÃO DE OURO !!! UM GRANDE ABRAÇO DO FÃ E AMIGO Pedro Pugliese

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