quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Do eterno cio entre tristeza e saudade nasceu minha alma

Minha alma se banha em lágrimas e se veste de solidão,
Caminha a passos bêbados por estradas desconhecidas,
Balbucia com voz reticente, quase inaudível, orações 
Perdidas, que  se vão ao tempo em busca de Deus,
Como pedidos desesperados de uma alma vazia
Em que o passado e futuro se fazem de só um
Na dor que há muito foi sentida mas,  na verdade,
Nunca se foi, se fez a dor de amanhã e de sempre.
Minha alma, vestida de meu rosto, se reflete
Na torrente de meu pranto cristalino caído no chão
A se fazer fonte dos tantos desejos perdidos,
Dos amores não vividos e dos adeus que foram ditos
Sem palavras, sem despedidas, cheios de silêncio
E distância, sem acenos, sem um olhar para trás,
Os passos em sentidos contrários aumentavam,
Rápido, a distância, aumentando também assim,
O desespero da dor de um adeus sem volta.
Um adeus que não sei quem disse nem quando foi dito
Só sei que até hoje se faz vivo dentro de mim
Como se tivesse acontecido ontem. As vezes pergunto:
Será que essa alma que nasceu tão triste 
É mesmo a minha? Uma alma que nasceu chorando
Um adeus. Uma alma que sorri chorando um ...adeus.

José João
13/11/2.013



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