sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Era uma vez uma alma que...

Minha alma, não sei, talvez nasceu chorando,
Minha alegria é sempre triste, minhas lágrimas...
Ah! Essas brigam com meu sorriso, se acusam,
As lágrimas dizem que só elas sabem gritar minha dor,
O sorriso diz que só ele sabe fingir a dor que sinto.
Assim os sorrisos as vezes também são lágrimas,
Só que as verdadeiras lágrimas, egoístas, não entendem,
Acham que só elas podem chorar a dor, essa dor
Que nasceu comigo vinda de não sei onde.
Eu, talvez tenha nascido diferente, quando nasci
A saudade já me pegou no colo, me ensinou a senti-la
Até antes mesmo de aprender dizer: Eu amo
Até a solidão se fez simplória, me pegava no berço,
Cantava canções de ninar, dessas que a gente dorme
Sonhando que amanhã vai ser feliz e o amanhã
É sempre o mesmo e ela, a solidão, sempre mentindo,
E até hoje me engana, quando nas tantas noites
Se deita comigo fazendo as mesmas promessas.
Talvez minha história devesse ser contada assim:
Era uma vez, uma alma que nasceu depois do começo 
De sua própria história e...


José João
29/11/2.013







quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Teu sorriso e minhas lágrimas

Levarei teu sorriso e minhas lágrimas muito além
De onde meus sonhos possam chegar,
Muito além da eternidade de qualquer tempo,
Levarei sempre comigo tua voz de doce sussurrar 
A me embalar os pensamentos e a vontade de ti.
Te farei de minha sombra a percorrermos juntos
Caminhos por onde não nos foi permitido caminhar.
Te fizeste de meu mais terno e sublime milagre,
Tanto que minhas lágrimas e teu sorriso sorriram juntos,
Como se fossem eles os amantes, donos de nós,
Em uma entrega maior que qualquer eternidade.
Enfeitarei teu olhar, que só meus sonhos
Me mostram agora, com meu pranto de saudade,
E cada lágrima, será um pedaço brilhante de nós dois,
Será uma poesia completa a dizer o que fomos,
Você foi aquele amor que desdenhou do tempo,
Ficamos tão pouco e te fizeste de tanto e de sempre.


José João
28/11/2.012






Eu? Ridícula por chorar?!

Chega, diz minha alma desesperada e aos prantos,
Chega, não importa mais que me achem ridícula
Porque choro. Choro os prantos que são meus,
Pelas dores que são minhas. Me deixem em paz.
Acham que sou ridícula por ter amado loucamente?
Por ter feito do amor uma oração superior e divina?
Amei, e fiz do amor minha arte de viver. Chorar?
Chorava escondido por vergonha de mim. Bobagem.
Hoje minhas lágrimas voam livres, soltas, à vontade,
Sem medo do que dirão. Eu, ridícula por ter amado?!
Vou amar sempre e mais e tanto. Amar hoje, amanhã,
Tantas vezes meu coração se dispuser, mesmo sabendo
Que dores, saudades e angustias poderão vir,
Mas vou amar, colorir, se for preciso, a mais linda
História de amor, com lágrimas brilhantes, viçosas,
Saídas dos meus olhos como o mais completo
Resumo de mim. Ridícula?! Eu! Amante inveterada
A me entregar ao deleite de dizer: Te amo,
Vou me permitir amar infinita e eternamente.
E a cada amor hei de amar muito mais que o de antes
Até faze-lo do tamanho de minha vontade...infinito.


José João
28/11/2.013





As respostas que a vida não dá

Porque tenho que gritar teu nome chorando
Como perda de um pedaço de mim perdido ao tempo?
Porque minhas lágrimas insistem em chorar tua ausência,
Se há tanto te foste como um adeus, silencioso e sem voz?
Porque ainda fazes minhas noites frias cheias de solidão
Se arrastarem lentas povoadas por sombras e medos?
Porque me levaste todos os sonhos que minha alma
Coloriu com teu olhar cheio de tantas promessas?
Perguntas que me veem e respostas que não chegam,
Que ficam como se fossem nada apesar de serem tanto.
Segredos...segredos que a vida insiste em guardar
Calada, dentro desses agora míseros momentos
Cheios da dor que tua saudade deixou dentro de mim,
Dentro de minha alma,  a sufocar todas as minhas
Vontades, Até a de existir. Ser o que sou agora,
É o mesmo que nada ser, é subjugar-se à indolente
E mórbida tentação de se fazer apenas um resto
De gente, sem horizonte, indo com passos bêbados
A lugar nenhum, como se tudo fosse mais... nada.


José João
28/11/2.013



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Por te aprendi a amar até um adeus

Te amei, te amei com a loucura dos poetas,
Com a razão dos insensatos e com a alma dos amantes,
Te amei como se a própria vida te devesse o existir,
Me entreguei aos teus momentos como se fossem meus,
E em cada um deles te entreguei pedaços de minha alma.
Ah! Como te amei! Me desfiz de mim para te viver,
Desnudei minha alma, confessei meus pecados,
Me vesti com a ternura da inocência para me entregar,
Sem medo de ti macular, e ser completamente teu.
Busquei sonhos novos, sonhos ainda não sonhados,
Te fiz caminho, te fiz estrada, desenhei horizontes
Em cada nascer do sol como renascimento de nós dois.
Te amei loucamente. A cada momento que pensava em ti
Meus olhos te olhavam, minha alma te cantava o nome,
Cada sussurro do vento era como se um teu sorriso
Estivesse me cativando, me fazendo te amar sempre mais,
Tanto que até esqueci meu nome e me chamava de ti.
Como te amei!! Como me ensinaste a te amar!!
Como entraste em mim e te guardaste toda e plena!
Até minha alma se entregou sem medo e sem reservas.
Amei como nunca ninguém havia amado assim,
Te amei tanto que até aquele adeus tão doído,
Que ainda hoje me faz chorar...aprendi a amar


José João
26/11/2.013





Os restos... do que nunca tive!!

Eu, que já me fiz soberano de corações amantes,
Habitei corações apaixonados, carentes de mim.
Fiz canções ao tempo gritando os tantos amores,
Fui razão de lágrimas derramadas, levadas ao tempo
Entre suspiros e sonhos que se fizeram sem fim.
Eu, amante sonhado, chamado nos tantos devaneios,
Nos tantos olhares repletos de amor e desejo,
Fazendo pulsar, descompassado, tantos corações...
Fazendo lábios tremerem pelo sonhar de um beijo...
Eu...eu que agora, de joelhos, te imploro,
Olhos submissos, presos ao chão, um pedaço de ti,
O resto de um beijo, mesmo com o sabor
De outros lábios, que ainda hoje tenhas beijado,
Dá-mo a mim, não me faças esse desejo negado.
Um olhar, me dá um olhar, mesmo cheio de piedade,
Como se fossem restos de um olhar que já deste,
Onde confessaste um amor, que sei, não é pra mim...
Um amor a outro entregue como nunca senti...
Vês, estou chorando e minha alma grita em prantos,
Alucinada, louca, carente, desesperada por falta de ti,
Ah! Eu! Agora mendigo, implorando sobras,
Buscando migalhas, restos do que um dia perdi.


José João
26/11/2.013








Alguém chorou com a minha alma

De longe, de muito longe, um tênue acorde, 
Que o vento ternamente trás em sutis volteios,
Me chega como se fosse lágrimas de alguém
Que chora cantando a dor de um adeus,
A voz melodiosa e triste, tão triste que parece
Chorar uma dor que se fez densa dentro
De sua alma (assim parece) E a minha...
Sentou no nada, fechou os olhos, se entregou.
A ouvir, dizendo que era sua a história.
Não havia nomes, nem sonhos contados,
As palavras se faziam lágrimas e os acordes
Se faziam saudades, vivas, passageiras e viajantes
Da angustia que minha alma dizia ser dela
Na musica que alguém chorava a própria dor.
A noite se fez mais noite, por tão escura
E bem mais fria, como se quisesse esconder
O rosto da solidão, que a cada acorde 
Do adeus cantado em prantos, se fazia mais viva,
E minha alma sentindo a solidão tão sua,
Sussurrava com o vento a melodia que ela
Dizia ser sua história - por tão sozinha -


José João
26/11/2.012





Ainda hoje não te esqueci.

Ainda hoje teu perfume me veste, me cobre,
Como se fosse parte essencial de mim, 
Afaga meu corpo, abraça minha alma e fica
Me vestindo com o teu sabor de amor eterno,
Me entrego, me deixo ficar no teu sentir,
Vou me buscar nos sonhos, relembro as noites,
Os momentos infinitos de nós dois, nossas almas
A se entregarem aos anseios de nossos corpos,
No calor ardente da paixão que nos tomava.
Vou buscar, lá dentro de mim, o sabor dos beijos
Que trocamos, nas carícias que nos marcaram
Como se fossem rastros deixados em nossas almas.
Um grito sai de dentro de mim, desesperado,
Gritando teu nome, agora perdido não sei onde,
Levado pela ingratidão da própria vida
Que brinca de brincar com os sentimentos.
Ainda hoje te sinto, embora o tempo não queira
E insista em te prender num esquecimento
Que a saudade não permite. Não sei onde estás,
Mas não importa...te amo mesmo assim.


José João
26/11/2.013

sábado, 23 de novembro de 2013

Minha alma reclamando de mim

Minha alma reclamou comigo, dos meus versos,
Disse que só faço versos soltos e poemas livres,
Que falo de dor, de saudades e não faço rima
E se quiser rimar dor e saudade...ela me ensina

Que minhas lágrimas saem confusas nos versos
E meus sonhos... se perdem em estrofes vazias
Que choro toda minha dor em palavras perdidas
Por isso meus prantos  rezam orações vencidas

Diz  que não sou poeta...só escrevo minha dor
Que são dores deveras sentidas, dores que sinto
Diz-me ser muito raro, um instante de inspiração
Em que dela  possa contar toda sua dor e paixão

Diz que não lhe faço versos completos, rimados
Que não lhe ouço os suspiros de suplica e clamor 
Que lhe viro as costas se ela me pede chorando
Que mostre em meus versos seus gritos de dor

Essa minha alma! Por tanta dor parece demente
Não percebe que na solidão ela comigo caminha
Coitada! Grita no denso vazio que nos cerca
Esquecendo que sua dor, também é a minha.


José João
23/11/2.013



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Te mandei um pedaço de mim

Ontem te mandei um beijo pelo vento,
Um beijo que a ternura guardou desde muito,
Desde aquele dia que suavemente segurei teu rosto,
E como se fosse um sonho, ternamente te senti os lábios,
Trêmulos pelas nossas emoções. Te mandei esse beijo,
Ainda com o mesmo sabor, afinal foi o primeiro.
Ontem te mandei um olhar através das estrelas,
E um outro, fiz que cavalgasse num raio de luar
Que se fez caminho por sobre as nuvens,
Te mandei também, com o orvalho da madrugada,
Algumas lágrimas, aquelas choradas pela alma
Quando o silêncio lhe gritava adeus e a solidão
Já gargalhava entre os vazios que tua ausência
Deixava no tempo e dentro de mim.
Ah! Te mandei também uma porção de pedaços
De saudades, alguns foram com o pensamento,
Outros foram com os soluços que minha alma chorou,
Outros foram com a aflita vontade de te encontrar,
E também te mandei um pedaço de mim...
Meu coração, que sem ti, de que me serve?


José João
22/11/2.013




quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pedaços de minha alma

Minhas lágrimas! São pequenos pedaços de minha alma,
Que ela, insensata, manda em tua procura pelo tempo.
E lá vão elas por entre horizontes, vão além mar,
Levadas pelas ondas por rotas que a saudade cria.
Por vezes vão ao vento, flutuando sem caminho,
Em leves e sutis volteios num ir e voltar dos sonhos
Que a alma insiste guardar como se fossem de ontem.
Ah! Esses tristes pedaços de minha alma!
Por vezes se fazem prantos, como pequenos rios, 
De raso leito, em que a saudade se faz flor
A ir pálida, afogando-se em suas águas correntes,
Deixando no peito a solidão instalar-se plena.
Minha alma se poda e se completa em tua busca.
Quando manda seus pedaços, minhas lágrimas,
Poda-se com o desespero da aflição de tua ausência,
(Tu és dela a essência da perfeição do existir)
E se completa com a esperança de te encontrar um dia.
Assim, minhas lágrimas, pedaços de minha alma,
Correm, voam, fogem dos meus olhos em busca de ti.
Tomara não seja em vão. Tomara te encontrem um dia,


José João
21/11/2.013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A súplica de um coração

Escuta-me ó Deus que de todas as coisas sabe,
Escuta-me. Diz-me o porque dessa tanta dor?
Essa tanta angustia? Diz-me, só a mim, porque
Essa tanta solidão? Eu que te rezei orações
Em versos, te rezei nas minhas tantas lágrimas,
Que como ladainhas choradas subiam aos céus
E se faziam pedidos, tanta era a fé das rezas.
Diz-me agora porque toda essa solidão?
A me doer, a me afligir até a alma, que demente,
Se deita entre as saudades até hoje choradas,
Por prantos que saem dos olhos como súplicas
E que a Ti não chegam. Ouve-me, por favor,
Deixa que minha alma carente sinta-se amada
Tanto quanto desesperadamente ela ama,
Se entrega ao amor como única razão de viver.
E aflita, pelo tanto desespero, balbucia versos 
Inacabados, cheios de vazios e de palavras soltas.
Diz-me, por favor, Senhor de todas as coisas,
Se é tua essa vontade, não te deixes que por mim,
Tão pequeno servo, duvidem da tua bondade.


José João
20/11/2.012

Não sei mais onde te procurar

...Te procurei. Gritei teu nome em desespero,
Gritei alto, com a força que todas as saudades de ti
Me permitiram gritar. Corri entre horizontes distantes,
Busquei teus rastros até em estradas desconhecidas,
Não te achei. Sentei sobre um pedaço do tempo,
Um pedaço que me havias deixado, marcado
Com aquele sorriso que me deste quando te disse 
Todas as palavras que o amor me ensinou dizer,
E, sentando sobre ele, conversei com minha alma,
Só ela me ouvia e me ajudava a chorar essa dor
Forte, que deste quando foste, comigo ficou guardada.
Tentei, como louco, te seguir os passos, 
Mas até o perfume - aquele que as flores invejavam -
Desapareceu, se perdeu no ar. Aí, triste, percebi
Que não te encontraria mais, meus sonhos morreram
Como se fossem um triste e trágico fim de um história
Que começou com um olhar, um sorriso, um aceno,
Depois um beijo, uma promessa, mãos dadas,
Horizontes se abrindo para os sonhos...e depois
...Estradas vazias sem marcas...sem esperanças
E apenas uma poesia que ainda assim ...
Insiste... em te procurar


José João
20/11/2.013






terça-feira, 19 de novembro de 2013

O céu dos amantes carentes.

Onde será o céu dos apaixonados?
Daqueles que viveram ardentemente o amor?
Será que existe? De que cor será?
Não daqueles apaixonados que amaram
Apenas do ontem até o amanhã,
 Mas de todos os que eternizaram o amor
Em suas vidas. Amaram, perderam, sofreram,
Choraram como chora a madrugada na primavera,
Moraram dentro da solidão em silêncio,
Apenas suas lágrimas e poesias (se poetas fossem)
Gritavam as dores, as angustias e os vazios
Tão comuns em suas almas. 
Onde será o céu dos apaixonados?
Daqueles que amaram e nunca deixaram de amar,
Mesmo ouvindo o adeus tantas vezes ouvidos,
Sentidos na alma, chorados em copiosos prantos
Como orações que nem foram escutadas, mas ficaram
Guardadas pelo tempo no coração de cada um.
Ah! O céu dos apaixonados! Como será?
As nuvens devem ser de beijos voando livres,
Esperando os lábios mudos por beijos negados,
Cheias de olhares languidos esperando olhares
Que não foram trocados. Cheias de: Eu te amo, 
Soltos ao vento para aqueles que nunca ouviram.
Assim deve ser o céu dos que loucamente amaram,
E ... continuaram sozinhos.


José João
19/11/2.013


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Hoje? Preciso de tão pouco.

Houve  um dia que precisava desesperadamente
Ouvir alguém me dizer: Te amo. Esse dia passou,
Não ouvi, me acostumei  com o silêncio.
Passado o tempo, que brinca de não se cansar,
Precisei de um olhar, apenas um olhar, 
Onde pudesse banhar minha alma carente,
Que me falasse, na beleza do silêncio dos amantes,
Qualquer coisa que me fizesse acreditar 
Que o amanhã existe...ninguém me olhou.
Ah! Mas o tempo, frio e em constante caminhar
Continuou passando impassível, sem se importar
Com carências, desejos ou sonhos mortos.
Aí precisei de uma palavra, uma palavra que fosse,
Qualquer uma que me acordasse, me fizesse
Sair da surdez do silêncio, do vazio de mim,
Qualquer palavra, mesmo que o vento a levasse,
E amanhã a fizesse esquecida, queria apenas
Poder ouvir uma voz me dizendo qualquer coisa
Não ouvi, continuou o tenaz silêncio da solidão.
Hoje já não preciso mais das coisas impossíveis,
Como alguém me dizendo te amo, me olhando,
Com qualquer olhar, me dizendo palavras
Que talvez nem saiba mais ouvir.
Não preciso mais das coisas impossíveis,
Hoje preciso apenas...de minhas lágrimas
Para saber que estou vivo.


José João
18/11/2.013





domingo, 17 de novembro de 2013

...até além do impossível

Minha vida, começou quando te conheci,
Acreditei na eternidade dos momentos,
Na doçura do sussurrar de nossos corações
Que se fazia como musica, como vida, como nós.
Me fiz, dentro dos sonhos mais belos, eu mesmo,
Não precisava fingir, tu eras tudo que pedi.
Te amei tanto que te sentia dentro de mim
Via o céu no teu olhar quando me dizias:
Te amo. Assim era minha vida, meu mundo.
Brincava de viver por tudo ser tão belo!
Quando te conheci, me desnudei de mim,
Me vesti de ti, me banhei com o sabor
De teu corpo, me fiz completo, repleto de ti,
Nada mais cabia em mim a não ser você.
Te amei, não como esse amor que se grita,
E vai  o grito ao vento fazendo eco sem voz,
Mas com aquele grito que de dentro da alma
Se faz oração e vai além, muito além do tempo,
Se fazendo infinito e eterno, maior que a vida.
Te amei assim... muito além de mim.
Agora minha solidão é o preço por ter amado
...até além do impossível


José João
17/11/2.013







sexta-feira, 15 de novembro de 2013

................(teu nome...que não sei)

Te amo, na eternidade de cada momento, te amo.
Te faço minha vida, te dou os meus pensamentos,
Que não haveriam se não fossem teus. Te vivo.
Te vivo a cada instante que a vida me permite viver,
Te respiro, te sinto na brisa leve, no perfume das flores,
Te sinto no orvalho que molhou a madrugada
E de lá te trago em meus sonhos, divinamente coloridos.
Te rezo nas minhas orações. Ave Maria é teu nome
Gritado pelos anjos na candura do céu, na ternura infinda
Da beleza do teu rosto, que há de fazer-se eterno,
A cada instante que a vida me permita eterniza-lo
Nas orações que rezo nas poesias cheias de ti.
Santa, te chamo, te faço o nome, a encher-me
Da graça de amar-te desde ontem até sempre,
A permitir-me te orar, te venerar como dádiva divina
Caída do céu, por descuido, dentro desse coração
Que repleto de ti, só sabe pulsar dizendo: Te amo
Só falta que...me encontres. Chega logo...por favor.


José João
15/11/2.013

Te amo como os poetas amavam

Dá-me um olhar, mesmo passageiro e breve
Como se fosse a brisa volteando para ir-se
Sem deixar rastros no tempo e nem saudade.
Dá-me um teu olhar ainda que por caridade

Que te farei divina, deusa, imaculada e bela,
Te farei minha alma escrava seguir-te muda
Silenciosa sombra a adorar-te com devoção
Até a rezar-te como fervorosa divina oração

Deixa que de joelhos te admire, te faça santa
Que minha alma, aos teus pés, serva cativa,
De pétalas de cobrirá o chão onde pisares,
Com sândalo perfumará o ar onde passares

Dá-me um sorriso, mesmo um sorriso pálido,
Desses que os lábios insistem em não sorrir,
Dá-me apenas um, que dele farei eterno sonho,
Me farei criança e feliz dentro dele me ponho

E se me tocasses a face em sutil roçar suave?!
Como se fosse o vento passando só por passar...
Me seria um mar infindo de tanto infinito prazer
Que nesse momento, te farei eterna em meu viver


José João
14/11/2.013










quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Do eterno cio entre tristeza e saudade nasceu minha alma

Minha alma se banha em lágrimas e se veste de solidão,
Caminha a passos bêbados por estradas desconhecidas,
Balbucia com voz reticente, quase inaudível, orações 
Perdidas, que  se vão ao tempo em busca de Deus,
Como pedidos desesperados de uma alma vazia
Em que o passado e futuro se fazem de só um
Na dor que há muito foi sentida mas,  na verdade,
Nunca se foi, se fez a dor de amanhã e de sempre.
Minha alma, vestida de meu rosto, se reflete
Na torrente de meu pranto cristalino caído no chão
A se fazer fonte dos tantos desejos perdidos,
Dos amores não vividos e dos adeus que foram ditos
Sem palavras, sem despedidas, cheios de silêncio
E distância, sem acenos, sem um olhar para trás,
Os passos em sentidos contrários aumentavam,
Rápido, a distância, aumentando também assim,
O desespero da dor de um adeus sem volta.
Um adeus que não sei quem disse nem quando foi dito
Só sei que até hoje se faz vivo dentro de mim
Como se tivesse acontecido ontem. As vezes pergunto:
Será que essa alma que nasceu tão triste 
É mesmo a minha? Uma alma que nasceu chorando
Um adeus. Uma alma que sorri chorando um ...adeus.

José João
13/11/2.013



terça-feira, 12 de novembro de 2013

Não me olhe assim

Não me olhe assim, com esse olhar calado,
Como se estivesse perdido no vazio do silêncio,
Sem nada para dizer por medo das palavras.
Não me olhe assim com esse olhar sem cor,
Vazio de alma, distante, fugidio, olhando além
Do que possa ser dito, talvez até além da dor.
Não me olhe assim com esse olhar seco,
Cheio do nada que se condensa no meu medo...
                    ...........................
Mas se me olhas assim não precisa que fales,
O grito de teus olhos é ensudercedor para a alma
Que se encolhe toda nas dobras do tempo
E chora baixinho o adeus que teus olhos dizem,
Gritam, letra por letra, friamente e sem remorso.
A cada letra, um lágrima...minha, a derramar-se
Como fosse um pedido, uma oração que se reza
Querendo sufocar uma dor maior que o mundo.
Não me olha assim com esse olhar de adeus,
Apenas vai, não vou ficar assim tão sozinho...
Fica comigo ... minha saudade de ti.


José João
12/11/2.013


domingo, 10 de novembro de 2013

Aos meus amigos...minha alma e coração

Hoje não preciso dormir chorando
E nem amanhã acordar triste. Vou sonhar,
Vou sentir a noite me acalentando com versos
Que meus amigos declamam, com os beijos
Dados em minha alma, com os afagos feitos no coração.
Hoje vou dormir sem sentir saudade.Vou até brincar
Como brinca uma criança conferindo os presentes
Ganhos no aniversário. Só que os meus...
Ah! Os meus! São mais preciosos, são palavras ternas,
São abraços na alma, são carícias que se farão eternas.
Hoje posso deixar as lágrimas soltas pularem livres,
Alegres, saltando felizes dos meus olhos como 
Se fossem pedaços de minha alma a se entregarem,
Humildemente aos amigos, no mais terno
MUITO OBRIGADO. que já possam ter ouvido.
Hoje vou está repleto de carinho, de amor
Vou me permitir até estar feliz. Vou me fazer mundo,
E me preencher com todos os corações cheios de amor
Daqueles que abraçaram minha alma fazendo-a
Gritar ao mundo: EU AMO TODOS VOCÊS.
Hoje me ninaram tão carinhosamente! Me abraçaram,
Me puseram no colo e cantaram para eu dormir.
Obrigado amigos.


José João
10/11/2.013







quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Minha alma, pássaro sem ninho

Qual passarinho triste a voar perdido procurando o ninho
Onde suas crias em inocente espera, esperavam a vida
E ele, a perder-se em prantos, num funesto cantar queixoso
Volteia aflito cantando rezas que se fazem orações perdidas

Caído ao chão, o pequeno ninho se faz visão de sofrida perda
E o passarinho em gorjeios tristes no peito rompe a se mal dizer
É tanto o desespero que num só trinado ele chora essa tanta dor
E entre espinhos voa demente buscando a morte, pra que viver?

É minha alma, esse passarinho que perdido voa a lugar nenhum
Na imensidão do céu que parece espaço livre pra poder voar
Se perde na prisão infinda da tamanha perda que lhe faz calar

Horizontes se abrem mas a beleza é triste. Tudo não passa,
Agora, de um nada ser. O infinito, outrora azul perdeu a cor
E a alma em prantos segue sozinha gritando a própria dor


José João
07/10/2.013



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Louca procura

O tempo parece nunca esquecer teu nome,
O vento aprendeu a chama-lo baixinho,
Minha alma aguça o ouvir e parece sorrindo
Mas meu pranto aos céus vai lento subindo

Meus sonhos se desmancham em fragmentos
E em cada um, um pedaço perfumado de ti
Que me abraça, me envolve, se deixa ficar
Preso dentro de mim na ternura desse te amar

Muito longe, é o mais perto que estás de mim,
Lá onde não se vai, por não existir caminhos
Assim fico buscando sonhos vivendo sozinho

Muito além de qualquer horizonte conhecido
Muito além até mesmo da eternidade do tempo, 
Vai como louco, à tua procura, meu pensamento


José João
05/11/2.013









terça-feira, 5 de novembro de 2013

O pecado de amar

Vou acabar me esquecendo - me disse um dia
Quando te foste - Logo, outro sorriso, outro olhar,
Me tomarão de mim essa tão insensata saudade.
Nada como o passar do tempo - me dizia todos os dias -
E lá ia  ele passando lento, brincando de ficar
Entre os momentos que se faziam ternas lembranças.
Recordações me afogavam o pensamento como se tudo
Tivesse sido ontem. E o tempo? Parecendo demente,
Parecia parado, como se não tivesse futuro para ir.
E eu dizia: Nada como o passar do tempo!!!!!
Que continuava ali, parado, dentro de mim. 
Até teus costumes, teus hábitos, ficavam ali,
Presentes, mesmo na tua tão dolorosa ausência.
Como entender, coração, alma, saudade e tempo
Quando tudo fala de perda, de amor e adeus?
Perdas e suas dores deixadas, saudades por elas sentidas
Brincam de passear entre os sonhos onde o tempo
Não chega, se faz até mesmo passageiro delas
Como se o esquecer fosse um sentimento de culpa,
E  chorar os momentos perdidos fosse a remissão da alma
Pelo pecado de ... amar.


José João
05/11/2.013






domingo, 3 de novembro de 2013

A conchinha da praia

Alguém, muito triste, em frente ao mar, caminhava chorando, passos reticentes, lentos, como se o cansaço de viver lhe tomasse o corpo. Suas lágrimas tristes, frias, caiam abundantes, o vento engolia algumas antes de caírem  na areia, outras se perdiam entre as ondas e com elas iam, algumas chegavam ao chão e logo se faziam nada, secavam como se fossem simples gotas d'água. De repente, nas mãos trêmulas, aparece uma conchinha - desses milagres mágicos da poesia - e diz: Queres ser meu amigo? - silêncio - Queres ser meu amigo? - pergunta outra vez - E o alguém surpreso por ver a conchinha na mão, diz: Sim. quero ser teu amigo. - Então se queres ser meu amigo derrama em mim tuas lágrimas, não suporto ver amigos chorando. - - Como derramar minhas lágrimas dentro de ti se são tantos os meus prantos e tão pequena tu és?
- Então não chora mais - diz a conchinha, e continua - como podes estragar lágrimas, atirando-as ao vento?
Deixando-as secarem moribundas na areia da praia? Deixando que as ondas as levem para lugar nenhum?
Pelo menos sou tua amiga, e uma, apenas uma que derrames dentro de mim ficará para sempre guardada, aí saberás onde está a lágrima que choraste com tanta dor. Estará guarda com carinho, por uma amiga. Não precisarás mais fabricar lágrimas, quando te sentires triste, com vontade de chorar. Vem buscar esta.O amor dos amigos, mesmo sendo pequenos, como disseste que sou, pode guardar um mar de lágrimas porque  pode ser do tamanho do mundo.


(hoje) Porquê hoje? rsrsrs
José João
03/11/2.013









sábado, 2 de novembro de 2013

Sombras... apenas sombras.

Sombras, como fantasmas antigos, me veem.
Sombras que julgava apagadas no tempo, perdidas
Entre todas as perdas, mas voltam agora,
Como cinzentas nuvens de chuva, escondendo
Os sonhos que ainda se podiam fazer saudades
Mas ficaram apenas como dores torturantes
Contando histórias que se fizeram tão sombrias
Quanto as sombras amorfas que me povoam a noite.
Tudo se fez sem cor, até os momentos coloridos
Que um dia existiram, se fizeram opacos, tristes
Como se o pensamento, demente, se embriagasse 
Pelos tantos vinhos rubros bebidos pela alma
Com gosto de solidão, de prantos e angustia.
Os dias se fizeram de segredos, cinzentos, amargos,
A se arrastarem lentamente como se seus passos
Estivessem cansados, como se suas horas
Não precisassem mais fazer tic-tac, tic-tac.
E se perdesse no silêncio que tua ausência deixou
Como sombra que agora me vem, ressuscitada 
De entre as tantas perdas, que julgava mortas.


José João
01/10/2.013









sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A poesia que não pude escrever

Hoje queria escrever versos alegres, versos criança,
Cheios da fantasia do amanhã, da magia do renascer,
Assim como faz o sol, gritando alto sua festiva chegada
Nas manhãs ensolaradas enfeitadas de luz.
Queria escrever versos, mesmo sem rima, mas completos,
A se fazerem passageiros na alma de quem os sentir,
Ou até a se fazerem estrada levando melodia ao mundo
Mágico da poesia gritada dentro do coração dos amantes.
Queria fazer um verso cheio de palavras livres, soltas,
Alegres, levadas pelo vento como beijos em suspensão,
Como o hálito das flores perfumando o tempo,
Abrindo portas em corações tristes e se deixar ficar,
Queria escrever versos que fizessem de soluços tristes
Sorrisos de alegria plena, serena, enfeitando a vida.
Ah! Como queria escrever versos que enxugassem
Lágrimas, que engolissem o pranto e se fizessem canto!
Não posso, a solidão fica desesperada gritando
Meu nome dentro da noite que não quer passar,
A saudade querendo, por força, me encher o peito
Assim me sufoca, me toma em dores e prantos...
E os versos da poesia alegre que queria escrever,
Correram, se esconderam, se foram não sei pra onde
Só sei que me viraram as costas e ... partiram,


José João
01/11/2.012