sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A primavera no meu jardim

                                              A primavera chega efusiva, colorida, aos gritos,
As flores se lustram para ficarem mais belas,
Até os botões se enchem de cores, cheios de vaidade,
A se abrirem vagarosamente aumentando a ansiedade
De borboletas e beija-flores que irrequietos se perdem
Em volteios leves com a brisa perfumada e passageira.
Meu jardim também se abre em flore, se perfuma,
As flores se fizeram poesias para contar minha história,
Não são muitas, mas é como se fossem pedaços de mim.
Os Malmequer, por exemplo, suas pétalas nunca me dizem
Um bem-me-quer, fazem questão de brincar comigo
E sempre me deixam sua última pétala com seu nome
Mas são lindos, os meus são amarelos, tão ternos!
Meus pés de Lágrimas de Cristo! Tão solidários,
As vezes penso que me emprestam suas lágrimas
Sem querer mais recebe-las de volta, choro com elas
E a Saudade! Nasceu no meu jardim tão doce e terna!
Nunca me abandonou, se faz Perpetua, Sempre-viva
Como se fosse minha oração de todas as manhãs.
Assim é a primavera no meu jardim, com as flores
Cheias de histórias de ...mim.


José João
27/09/2.012







Meus loucos desejos

 No instante de candura infinda, quando penso em ti,
Nesse instante infinito, de cativo me faço ao teu pensar.
De há muito te sinto, nos meus sonhos, doce querer
E me entrego a eles numa louca vontade de amar e viver

Te sorvo nas minhas vontades, nos momentos de adoração
Onde enternecido me entrego perdido nesse estranho sonhar
Me perco imaginando sentir o sabor de teu corpo, o calor
A aquecer-me, e em  perfeita harmonia o meu te entregar

Impossível, eu sei, juntarmos nós dois ou pedaços de nós
Em laços ou abraços, em suspiros, olhares, vontades e beijos 
Como junta-los se são só meus esses tantos insanos desejos?

E me faço perder a razão em estranhos anseios sentidos
Mas me entrego como fosse verdade essa minha loucura
E me sonho em teus braços em abraços de amor e ternura


José João
26/09/2.013





quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Coitados! Como são infelizes!


Querem chorar, com as lágrimas dos meus versos,
Uma dor que é só minha. Querem buscar de minha alma,
Mesmo triste, as canções que em silêncio ela chora
Como se fossem orações rezadas pelas dores sentidas.
Querem fazer de minha dor, dos meus sonhos e até de mim,
Uma história vazia, sem o fulgor da essência do poeta,
Mas como contarem uma história que apenas eu sei contar?
Podem escrever o que já escrevi  há muito, sentindo e chorando,
Podem repetir as mesmas palavras mas não contarão a mesma dor
Se farão versos vazios,  versos sem alma, versos perdidos
Na consciência de cada um que busca na poesia alheia
Consolo para o que sua alma não pode sentir. Coitados.
Faço, das frustrações daqueles que suas almas não sabem chorar,
Um verso triste, não com a tristeza das dores que sinto,
Mas cheio da tristeza mortal pela decepção de não poder ser,
Cheio da dor, da pior dor, a dor de chorar e não ter lágrimas,
A dor de se sentir vazio, sem ter pelo menos um adeus para chorar,
A arrastarem-se como nada sem terem um sonho para sonhar.


José João
18/09/2.013




 Meus amigos me ajudaram a conquistar


Apesar das tantas decepções, das tantas frustrações que a vida nos oferece, paradoxalmente, essa mesma vida, nos oferece momentos de alegria. Talvez as decepções e frustrações até sejam uma maneira de nos ensinar a viver, buscar, lutar e ir em frente, ou também uma forma de nos fazer aprender a valorizar nossas conquistas. Quero dividir essa alegria com todos os meus incentivadores e amigos leitores. Alguns dos meus trabalhos literários foram selecionados para fazer parte de uma edição Luso-Brasileira, a Antologia em homenagem a Camões, com o título: Convidados de Luís Vaz de Camões, que será lançada em Portugal e aqui no Brasil. Aqui, ainda sem data definida. Quero dividir essa alegria com todos e agradecer de coração a visita e leitura do blog de todos nós. Obrigado e um terno beijo no coração dos amantes da poesia.

José João
18/09/2.013

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Coisas que doem na alma

Caros amigos, lá vou eu outra vez. Havia dito que não postaria mais, entretanto, quando tiraram "aquele site plagiador" do ar, não tinha mais porque não postar minhas poesias (escrever poesias, o que mais gosto e preciso, coisas da alma. Quem escreve sabe), mas não sei como este site voltou e com toda força. Nessas circunstâncias, quando meu blog perde até a identidade, não me sinto mais estimulado a publicar nada. Vou continuar escrevendo nos meus rascunhos, apenas nos rascunhos. Lamento. É uma maneira de expressar, em detrimento a mim mesmo, minha revolta, minha decepção quando percebo que entre os humanos e parecidos com estes, estão verdadeiros animais sem alma, sem nada dos homens. Nunca pensei que um dia me decepcionaria tanto com o comportamento de alguns, mesmo sabendo da morte da ética, da moral e da essência humana. Para que tenham uma ideia (é um desabafo e não um lamento), acreditem, não tenho mais nem 20 (vinte) visualizações por dia. Queridos, são tantos os plágios, mas são tantos que, sinceramente, desisto. Por aqui e por tempo indeterminado, O POESIAS E POEMAS afasta-se para um retiro. Tenho outros blogs (onde uso pseudônimos) e que me visto com outras identidades, e bem diferentes dessa onde sou poeta, onde sinto e me  escrevo, não que nas outras não sinta, mas é nessa que minha alma se completa.
Um abraço a todos, um beijo no coração de cada um, que com sua visita no jjcruzfilho.blogspot. com  se fez coautor das poesias ali postadas.Podem crer me ajudaram a viver. Até.


José João
15/09/2.013



sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Já nem sei mais quem sou

...Já não sei quem sou, me perdi de mim pelas estradas
Que a vida me fez passar, me perdi dos pensamentos e sonhos,
De todos, até daqueles que deixei para sonhar depois.
Sigo como andarilho demente por  longas estradas perdidas,
Já nem sei de quem ou de onde vem a saudade que sinto,
Mas sei que sinto, e fica dentro de mim trazendo momentos
Que nem sei se vivi. Talvez seja minha alma chorando dores
De tempos distantes ou de lugares que nem conheci,
Quem sabe saudades e lágrimas tenham sido minha herança!?
Quem sabe a vida me ensinou a fazer poesias, para que nelas
Minhas lágrimas voem livres e se façam minhas orações...
Não sei de onde vem essa vontade de chorar,
De me entregar ao pranto como se fosse preciso,
Como se fosse tributo por pecados cometidos, e não sei
Se fui eu quem os cometeu, mas choro, e não reclamo,
Afinal, as lágrimas não servem para remissão de pecados?
Choro saudades que não sei de onde veem, choro dores,
Talvez alheias, como se minhas elas fossem. Minha loucura.
Talvez chore um amor que eternamente... se perdeu de mim.


José João
13/09/2.013


Quais dores o tempo cura?

O tempo vai, lento ou mais de pressa, dependendo da dor da gente,
Se é uma dor que apenas os olhos choram, ele vai de pressa,
Mas se é uma dor que além das lágrimas a alma angustiada grita,
Ele vai lento como onda furiosa  resmungando a volta para o mar.
Para o tempo, é como se as dores sentidas nem fossem mais dor.
Fossem apenas saudade e assim brinca com alma e coração.
A alma, coitada, se prostra cabisbaixa, olhos fixos no chão,
Como se procurasse rastros que não ficaram, que não existem,
O coração, pula descompassado, como louco, perdido
No próprio pulsar, que se faz voz perdida dentro do peito,
Para tanta dor - esta que sinto - o tempo se faz lento,
Assim como se quisesse mastigar lentamente coração e alma,
Como se quisesse fazer que a dor fosso sua única passageira.
Ah! O Tempo! Há quem diga um ótimo remédio para dor,
Até para aquela dor que o adeus deixa guardada para sempre,
Se fazendo uma história inacabada, assim como uma poesia
Que o poeta não soube escrever o último verso. Mas ...será?


José João
13/09/2.013




quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Onde será que estás...

Onde estás?! Não sei. Disso a vida cruelmente faz segredo,
Ficaram apenas os sonhos que me deixaste sonhar,
E aqueles que a vida me permitiu. Foi só o que ficou
Hoje brindo com lágrimas o que um dia fomos nós dois,
Uma verdade maior que qualquer sonho.
Onde estás? Dentro de mim bem sei que estás,
Estás como saudade, essa saudade louca, sufocante,
Cheia de lágrimas, de suspiros doloridos e angustias.
Te busco como náufrago aflito buscando um porto,
Te busco no desespero de um coração que chora,
Com minha alma gritando, entre as tantas dores, teu nome.
Onde estás?  - grita aos prantos e sem respostas -
Ajoelhada sobre o próprio pranto se vê nele refletida
E um oh de susto, sem que queira, lhe vem da garganta
Ao ver-se triste fantasma perdido dentro de tua ausência,
Não tem coragem de levantar os olhos para o céu
E pedir, nem orar sabe mais, mas nas vãs tentativas,
Quando o desespero é maior que qualquer dor,
Quando o peito sangra e a solidão lhe toma toda,
Ela baixinho pergunta: Onde estás? - Balbuciando teu nome.-


José João
09/09/2.013



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Loucuras do meu coração

Loucura ou capricho de um coração insano como o meu,
Fazer-me amar-te assim, com essa sofreguidão que me sufoca,
Que me faz até o coração, ao pulsar, chamar teu nome.
Na verdade, se não foste os sonhos verdadeiros que sonhei
Foste a ilusão de uma verdade que dentro dela fiquei,
Como passageiro e viajante, como timoneiro sem rumo,
Num mar sem rastros para levar a qualquer um porto seguro.
Hoje me faço barco sem vela a ir entre  tempestades
Levado ao sabor de ondas revoltas sem praia para chegar.
Marinheiro de nau sem leme, velas rotas, gemidos tristes,
Como lamentos de saudades dos portos por onde passou,
Triste pássaro imigrante por sobre  mares voando,
Perdido do bando que na frente se foi e não encontra mais.
Voa perdido em seus pensamentos, onde ir já não importa,
Mas vai como se tudo fosse agora tão pouco, tão nada.
Assim vou eu seguindo o vento, indo por caminhos
Que não sei onde chegarão, sigo a rota das estrelas,
Elas pra mim agora são a minha mais nova e louca ilusão
Principalmente aquela, a mais distante, aquela além das outras
Onde chegar é impossível ...a que mais se parece contigo.
É assim esse capricho louco do meu coração insano


José João
05/09/2.013

domingo, 1 de setembro de 2013

Respostas que a vida me dá

Respostas, a vida me dá com palavras duras, palavras rotas,
Com dores doídas buscando minha alma, voando soltas.
Respostas a vida me dá gritando no silêncio onde guardo
Meus segredos: Beijos negados, os tantos nãos escutados,
Os adeus,  fantasmas como mariposas em volta da luz
Em volteios cegos, grita nomes que as lágrimas sabem de cor.
Meu grito eloquente, sai dos meus olhos como prantos
Quando ouço as respostas que a vida, irônica, me dá,
Gargalhando entre os prazeres do amar que não senti,
Do querer que nunca foi além de uma ilusão nascida morta.
Respostas a vida me dá matando meus sonhos criança,
Me trazendo, já hoje, as dores que sentiria amanhã,
Fazendo das horas, fragmentos perdidos do tempo
Que se vão como trapos voando, levados pelo vento.
Respostas a vida me dá todos os dias, à sua vontade,
Me fazendo passageiro clandestino da vontade de sonhar,
É tanta solidão que apenas a vontade de sonhar...me basta
Não tenha pretensão de mais - me responde a vida 


José João
01/09/2.013