quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O labirinto que tua ausência teceu

Quantas noites acordado entre lágrimas e solidão,
Buscando caminhos entre estrelas para sonhos que não sonhei.
Quantas noites de frio se fizeram estradas para angustia,
Para o sono ir-se e deixar bem claro para alma, os momentos
Vividos dentro das dores deixadas pelos lamentos do adeus.
Quantas noites vazias de sonhos, a vida gritava aflita
Heresias como orações rezadas pelo desespero da alma
Que se ajoelhava em prantos, mendigando um pedaço de olhar,
Um pedaço de sorriso, uma migalha de qualquer  querer.
Ah! Dor,  tenaz, calcinante, como afiadas arestas de pedras
Calcinando e ferindo, feito punhal, corações carentes,
Solitários a se fazerem andarilhos sem horizontes para chegar,
Levando no peito apenas mágoas, e nos olhos perdidos,
Somente lágrimas para gritar chorando a falta de sonhos 
Ah! Essas noites vazias em que sinto saudade de mim,
E vou, em vão, buscar-me num passado que se perdeu,
E na volta, me perco nos labirintos que tua ausência teceu.


José João
08/08/2.013


Um comentário:

  1. Existem pessoas que passam por nossa vida nos marcam tanto que, quando nos afastamos dela sua ausência é por vezes tão sentida, tão doída que até a alma se desespera... é tão ruim... Lindo e sentido poema João, bjus

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