domingo, 21 de julho de 2013

Um adeus é para sempre

Sinto saudade do que talvez nem mais exista,
Mas sou poeta...paro o tempo e trago os momentos,
Vou buscar, lá atrás, bem dentro das recordações 
As histórias vividas com gosto de amor, de paixão,
E  como paciente artesão, refaço as cores e os traços
Do passado, dou outro tom  nas matizes descoloridas,
Reinvento a história em outros versos com outras rimas.
Por exemplo, sonhos novos não sonhei mais, mas invento...
Invento que sou feliz, faço verdadeiras magias. Faço no papel
Estrelas cadentes, horizontes coloridos, faço o mar beijar o céu.
Até te beijo, te carrego no colo entre jardins perfumados de ti.
Te beijo a fronte, ouço dizeres que me amas, me afagas
O rosto com a sutileza da brisa. Vês? Sei inventar sonhos.
Refiz aquele horizonte, testemunho do nosso primeiro beijo,
Até aquele grãozinho de areia que caiu em meus olhos...Lembras?
Foste tirar e...pronto... o horizonte testemunhou.
Vou buscar todos esses momentos, tenho-os todos comigo.
Só não pude e reinventar aquele adeus...até hoje dói...
Até nas orações, quando a dor é forte e se pede clemência...
Ele se faz presente. Ah.  Deus! Um adeus é para sempre.

José João
21/07/2.012




Um comentário:

  1. Só um poeta pra nos fazer reviver momentos, até mesmo os tristes, de maneira tão terna... Belíssimo. Um bj

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