terça-feira, 30 de julho de 2013

Agora não estou mais sozinho

   
Querido,  quero te fazer feliz - me disse ela sorrindo,
e continuou - Quero preencher teus dias, até te ser submissa,
Para muitas isso é tão ridículo, mas pra mim, ficar perto de ti
É tanto. Talvez eu não seja a única em teus pensamentos,
Mas não importa. Não vou me importar que busques
Os sonhos que sonhaste em outros braços. Te juro.
Não vou me importar que me contes de outros amores,
Dos beijos que trocaste, dos que não deste...
Até dos momentos mais íntimos que te marcaram tanto,
Se quiseres que ouça...não me importo, conta..
Quero que fiques repleto de mim, me desculpa 
Se te sufocar, mas é que sou assim, intensa, 
Quero ser tua a todo momento, em todas as horas
Quero estar contigo nas noites, deitar contigo
Prometo ficar em silêncio se quiseres, sei ser tua.
Na vou nem respirar para não espantar teu sonho
E se não conseguires dormir, fico acordada contigo,
Se chorares enxugo tuas lágrimas, se o quarto ficar pequeno,
Quiseres sair no jardim, contar estrelas conversar com a noite,
Vou contigo o que não posso é te deixar sozinho
 Com essa saudade tão difícil de sentir, afinal estou aqui
Sou tua, toda tua, plena, passiva, e se quiseres... nua.
Querido vou te buscar tudo e por aos teus pés
Vou buscar os adeus, os sonhos que o tempo levou
E vou te dar, tirando de dentro de mim, outra ilusão
A final querido, o que mais poderia te dar? Eu, a solidão.


José João
30/07/2.013

domingo, 28 de julho de 2013

Amor impossível... uma saudade eterna

Queria te buscar lá de dentro dos meus sonhos impossíveis,
Te trazer para dentro de minha alma, te deixar ficar como oração
A ser rezada em todos os meus momentos, te trazer ao alcance
Desse coração já tão carente de ti, embora nada tenhas dito.
Ti fazer a essência viva que pulsa dentro de mim me dando vida
Me fazendo sonhar em divinos delírios e te guardar dentro de mim
Com toda a liberdade que duas almas possam sentir se se amam.
Queria gritar para o mundo que me fizeste ser amante cativo
E me por dentro de teus desejos e vontades como criança,
Ou como homem, como me queiras ou como me queiras fazer.
Passar por cima de vaidades, orgulhos e me fazer cativo de ti
Me desnudar, me banhar com teu olhar inocente e terno,
Imacular até meus pensamentos  para caber dentro de tua alma
E te fazer única dona de todos os meus mais doces sentimentos.
Te fazer a minha mais perfeita poesia, escrita com sorrisos,
Com nossos olhares a se beijarem ainda dentro de nossos olhos
Brilhantes, úmidos de paixão, essa paixão avassaladora
Que nos permite loucuras inocentes, puras e repletas de amor.
A! se pudesse  te tirar de dentro dos meus sonhos impossíveis
E te fazer verdadeira dentro de minha alma que, coitada,
Cabisbaixa, murmura teu nome para consolar meu coração.


José João
28/07/2.013


sábado, 27 de julho de 2013

Tão distante e tão dentro de mim.

Lá vem a noite, chorosa, cruel e triste, trazendo saudades,
Vem como um lamento pintado no rosto do tempo,
Se arrastando nas horas para mais lenta passar,
Vem com seus passos bêbados, cheia de fantasmas
Que se fizeram vivos dentro da dor de cada amante
Que choram suas perdas e as ilusões que morreram
Quando as lágrimas ouviram os adeus que não queriam chorar,
Eu? Não tenho fantasmas, mas tenho minha dor para chorar,
Tenho minha saudade que ela traz  como lembrança viva
Dos momentos que a vida era muito mais que tudo,
Muito mais que qualquer sonho, uma verdade divina
Que era vivida entre entregas de corpo, alma e coração.
Com a noite me chegam  os pensamentos mais distantes,
E se confundem com os de agora, por que tudo fala de você,
Parece magia,  mas a noite me traz teu meigo perfume
A vestir-me de ternura, a vestir-me de ti, a me fazer,
Entre suspiros e lágrimas, chamar em vão o teu nome,
Me iludir que estás perto, bem aqui, em minha frente,
Mas vem a verdade dizer que estás muito longe,
Muito além, embora estejas ainda dentro de mim
São esses milagres da vida, da saudade e do amor
Tão distante e ainda tão dentro de mim!!


José João
27/07/2.013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Até a solidão sentiu pena de mim

Hoje, meus pensamentos foram  todos teus, só teus,
Vieste forte por sobre o tempo, sobre distâncias 
E veio contigo a saudade, uma saudade diferente,
Dessas saudades que os olhos não resistem, choram,
Se entregam ao pranto como se fossem poetas,
Escrevendo com lágrimas histórias que testemunharam...
De sonhos em que eles, os olhos, não se fechavam
Sonhavam acordados tanto era a beleza dos sonhos.
Tudo hoje foi só você, até a brisa em leves volteios
Parecia murmurar teu nome, baixinho, te chamando
Querendo que viesses, talvez até por pena de mim,
Ela sempre escutava meu pesamento te gritando
Angustiado, triste, como se estivesse demente,
Perdido entre a ausência e a carência de ti,
Estiveste hoje em mim como se nunca tivesses partido
Até o silêncio se fazia voz gritando lá dentro da alma
O que nem sabia pedir, mas reclamava  essa falta de ti.
Hoje não foi a saudade como a dos outros dias
Que qualquer lágrima rolava em minha face e ela ia
Hoje foi tanta, que até a solidão pedia em pranto:
Que essa saudade não me doesse tanto.


José joão
25/07/2.013





quarta-feira, 24 de julho de 2013

A dor que me dói na alma

Diz-me ó dor perene que tanto me dói na alma,
Diz-me que queres, se já aos poucos me matas
Que hei de fazer se a mim tanto diz não querer
Mas por que então tanto me sufocas e maltratas?

Oh! Dor cruel, calcinante, a queimar-me a vida
Desde o adeus que dentro de minha alma ficou
Desde tudo que está a me fazer servo do sentir
Até do perfume dela que a própria noite guardou!

Lá fora, chorando a brisa no alvor do amanhecer
Com o orvalho da fria noite às flores emudecer
Como fez com minha voz que em soluço converteu
Ao trazer esta saudade que nunca em mim morreu

Oh! Dor! Cruel carícia que sufoca qualquer querer
Que se faz algoz, verdugo, que se faz por se fazer
Dentro da gente e somente, para a alma machucar
Como se sentisse  prazer em vê-la triste  chorar

De toda aquela  ternura, amor ardente, amor loucura
Mãos trêmulas a tatear nossos rostos, nossos corpos
De todos esses meus sonhos, apenas isso me restou
Essa dor tão desvairada, que desde que foste, ficou.


José João
24/07/2.013








segunda-feira, 22 de julho de 2013

Nasci para amar

Nasci para amar, para me entregar, para viver o amor
Já nasci sabendo amar e amo tanto que até a saudade
Me abraça, trocamos juras de um amor mais que pleno
Amo, até minhas lágrimas, num chorar doce e sereno

Hei de amar muito mais e para sempre, viver de amar
Amo o amor, amo amar, a ele me entrego sem medo
Minhas lágrimas, é minha alma se confessando ao amor
E por amar vale até mesmo chorar por qualquer dor

Minhas veias pulsam impulsionadas por  tanto amor
Que minha alma se agita e grita e ferve de emoção
E se está só, aprendeu a amar até mesmo a solidão

Amo como se apenas amar fosse preciso pra viver
E quando um dia a vida não puder mais em mim ficar
O coração em silêncio ainda dirá: Amar, amar, amar...


José João
22/07/2.013


domingo, 21 de julho de 2013

Um adeus é para sempre

Sinto saudade do que talvez nem mais exista,
Mas sou poeta...paro o tempo e trago os momentos,
Vou buscar, lá atrás, bem dentro das recordações 
As histórias vividas com gosto de amor, de paixão,
E  como paciente artesão, refaço as cores e os traços
Do passado, dou outro tom  nas matizes descoloridas,
Reinvento a história em outros versos com outras rimas.
Por exemplo, sonhos novos não sonhei mais, mas invento...
Invento que sou feliz, faço verdadeiras magias. Faço no papel
Estrelas cadentes, horizontes coloridos, faço o mar beijar o céu.
Até te beijo, te carrego no colo entre jardins perfumados de ti.
Te beijo a fronte, ouço dizeres que me amas, me afagas
O rosto com a sutileza da brisa. Vês? Sei inventar sonhos.
Refiz aquele horizonte, testemunho do nosso primeiro beijo,
Até aquele grãozinho de areia que caiu em meus olhos...Lembras?
Foste tirar e...pronto... o horizonte testemunhou.
Vou buscar todos esses momentos, tenho-os todos comigo.
Só não pude e reinventar aquele adeus...até hoje dói...
Até nas orações, quando a dor é forte e se pede clemência...
Ele se faz presente. Ah.  Deus! Um adeus é para sempre.

José João
21/07/2.012




sábado, 20 de julho de 2013

Sou a minha mais triste invenção


Hoje me finjo de mim, me faço a mentira do que não sou mais,
Daquele homem que dos teus braços fazia um infinito de prazer,
Um mundo cheio de sonhos coloridos a se fazerem verdades.
Hoje sou apenas uma sombra, mas sou artista, sou poeta
E encontro no tempo, que dentro de mim insiste em passar,
A máscara de uma felicidade que juram seja completa.
Sou minha cópia fingida, com sorrisos falsos, palavras não ditas,
Apenas repetidas, palavras que ficaram de quando eu ainda era eu.
Grito todas elas e acreditam verdadeiras, se grito eu amo. Acreditam
Se grito sou feliz,  me dão parabéns. Se choro e digo que é de felicidade...
Aplaudem. Sou minha multiplicidade, sou um para cada um, mas triste...
Percebo que não sou eu, me vejo apenas uma cópia desbotada do que fui.
Não quero chorar, embora a saudade de mim, a saudade de nós
Se faça tão forte dentro da alma, que muitas vezes, num tremor lívido,
Me sinto tomado de tamanha angustia que choro gritando teu nome.
Não te culpo por agora ser o que  sou. Não te culpo se me vesti de ti,
Se te fiz todos os meus momentos, se te fiz minha própria essência,
Não te culpo se fiz dos teus sonhos os meus sonhos, se me despi de mim
Para me entregar como se tudo, até a vida fosse você.
Não te culpo por nada, afinal fui eu que me entreguei sem reservas.
Hoje sou uma sombra a esgueirar-se entes os vazios que deixaste,
Sou a história que ninguém conhece, mas tenho o mais belo sorriso falso
Que ninguém jamais viu. Hoje sou a minha mais triste invenção de mim.


José João
20/07/2.013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Minhas poesias também choram

Hoje te encontrei entre meus guardados,
Dentro daquela saudade que nem sabia mais,
Ah! Quando te encontrei! Os versos fizeram festa,
Esconderam até as rimas para a poesia ficar mais livre
E as lágrimas saírem soltas sem medo do fim dos versos..
O adeus, gritava louco, teu nome por toda a casa,
Os gritos se faziam tão alto dentro da alma
Que até o silêncio, por pena de mim, tentava se fazer ouvir.
Abri todas as janelas, portas, mas o adeus apenas ironizava
Meu desespero de  senti-lo, se fez tão forte e pleno
Que não se fez apenas ouvir, mas também se fez  sentir,
Como se a vida estivesse presa no momento que o disseste.
Tentei, dentro do pensamento, guardar os meus guardados,
Abrir uma gaveta mágica e colocar dentro dela,
Desde o adeus que disseste até a saudade de nós dois,
Mas não consegui, tudo ficou mais forte que minha vontade.
Recordações, lembranças, lágrimas, essas então...
Já se faziam prantos convulsivos molhando a poesia,
Que também chorava em seus versos a minha mesma dor


José João
18/07/2.013


terça-feira, 16 de julho de 2013

Vou te guardar para sempre

Não vou te esconder dos meus pensamentos,
Nem permitir que o esquecimento te tome de mim,
Vou te guardar como minha alma te faz ser: Única.
Vou te deixar desperta e contigo os momentos que vivemos,
Quero que a distância, por maior que agora  seja,
Que o tempo, por mais que tenha passado,
Se façam, em mim, recordações recentes, como de ontem.
Não sei onde estás, mas sei quais eram os teus sonhos,
Vou faze-los vivos, vou sonha-los todos, outra vez,
Deixa-los dentro de mim como se estivesses aqui
E dentro de cada um deles te deixar plena e viva.
Sei que não adianta te procurar mas imagino onde estejas
Foste por estradas sem chão, espaço sem rastros,
Embora seja tão grande a saudade, tão infinitamente
Maior que tudo, ainda assim, não me leva onde estás,
Só me leva até nossos ontens, repletos de nós.
Vou te deixar dentro de mim nas imagens que ficaram,
Nos beijos que deixamos pra depois e nunca trocamos,
Na ternura do teu olhar, em silêncio me dizendo: Te amo
Vou te deixar guardada no espaço mais confortável 
De minha alma. Vou deixar que a saudade de ti
Me tome todo, me preencha como se fosse tua presença,
E  te acomodar dentro de mim...para sempre.


José João
16/07/2.012






domingo, 14 de julho de 2013

Ama-me... por favor

...Cantei cantos divinos vivendo momentos infinitos, 
Fui abraçado com ternura como se eu fosse único
Beijei lábios sedosos, ávidos, sedentos dos meus,
Me entreguei como se tudo fosse só aquilo que eu vivia,
Vivia meus sonhos como se verdadeiros, reais, vivos
Repletos das mais belas e mais doces palavras e promessas.
Mas quantas vezes enganei,  e até enganei a mim mesmo, 
Falando palavras vazias, com olhares vagos e fingidos!
Brinquei, muitas vezes, ao dizer: Te amo.
Me fiz escravo da vaidade de me sentir amado, 
E aprendi a falar coisas que o tempo, fácil, apagaria.
Esse mesmo tempo, que antes calado, agora grita,
Grita dentro de mim com um silêncio tão eloquente 
Que me deixa perdido no tempo com dolorosas lembranças
Do que fui. E agora, agora sou apenas um nada,
Quando muito um pequeno poeta triste que escreve
Nos versos sem rimas suas tristezas e seus remorsos.
Todas as dores que fiz sentir, hoje, sem clemência,
O destino, a vida , não sei, faz  que cheguem e fiquem
Dentro de mim. Agora não sou mais eu que brinco,
Acho que meu passado me fez hoje um simples pedinte,
De migalhas, de restos de olhares que não dizem nada.
Hoje, triste, aprendi a pedir com a alma, a quem nem sei o nome
Olhos fitos no chão, talvez pela tanta vergonha do pedir.
Mas peço: Amam-me...por favor. Recebo um olhar de piedade...
E me lembro dos olhares fingidos que dei. Doeram na alma
Agora eu sei.


José João
14/07/2.013


sexta-feira, 12 de julho de 2013

As marcas da solidão

A casa está aí. Vazia, cheia de nada, apenas sombras do passado
Que se prenderam nas paredes frias como se fossem gritos do silêncio.
Desse silêncio que insiste em ficar dentro do nada, do vazio que existe.
Procuro, em vão, os sonhos que pensei estarem nos travesseiros, fronhas...
Pensamento louco de uma alma carente vagando entre saudades e solidão.
Os pensamentos se perderam na distância do tempo, ficaram esquecidos,
Tão velhos, tão perdidos, que lembrar é como se fosse ir no infinito
Da alma, lá dentro do mais escondido pedaço sem caminhos pra chegar.
Procuro rastros no chão como se o peso da saudade nele fizesse marcas,
Mas também por ele, passou o tempo, se ficaram marcas foram apagadas,
Não ficou nada, a não ser  saudade,  solidão e a angustia fria e teimosa
A se fazerem donas do espaço, do tempo e de mim. Sou meu fantasma
A correr entre paredes sem cor, entre meus medos e minhas lembranças
Que se fizeram fragmentos perdidos, sem começo, meio ou fim.
O hoje se faz tão confuso! Como se as horas fossem de ontem,
E as dores... as mesmas, se eternizando a cada momento dentro de mim,
E os amanhãs? Como virão? Talvez com a mesma dor de sempre,
Com as mesmas saudades, a mesma solidão e a mesma angustia...
Novas, só mesmo a lágrimas que se farão minha voz...
Pedindo clemência, em orações que só elas sabem rezar.


José João
12/07/2.013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Um beijo da saudade

Nunca estou só, sempre há quem me ouça, me acalente,
Fico entre meus sonhos, pensamentos que me chegam...
Trazidos por doces carinhos de quem sempre está perto.
Agora mesmo sinto os afagos da saudade, seus sussurros,
Ela está bem aqui, ao meu lado, cabeça deitada em meu ombro
Com suas mãos macias segura as minhas, me fala baixinho,
Me manda fechar os olhos e buscar momentos que vivi,
Está tão perto que até sinto seu perfume, leve e doce.
Seus cabelos esvoaçam em mim como se fossem carícias,
Seus dedos finos percorrem meu rosto carinhosamente
Como se procurassem rastros de lágrimas caídas um dia,
Me olha nos olhos, com um olhar entre terno e triste,
Esboça um leve sorriso nos lábios finos, ternamente divinos
Encosta-os vagarosamente em meu rosto, como se fosse um beijo.
Um beijo da saudade, meu corpo treme, minha alma se entrega
Naquele marasmo de ir lá atrás no tempo buscar o que ficou
Perdido depois dos tantos adeus que, sem querer, ouvi.
Mais na frente, encostada na porta, está a solidão,
Com um olhar sarcástico, irônico, como se zombando
De mim e da saudade. Me aponta o dedo, de unhas longas,
Cortantes, e com um certo ar de crueldade me diz,
Que não adianta os carinhos da saudade, que ela, a solidão,
É mais forte, e com uma voz sibilante, como se fosse um sílvio,
Entre um gargalhar e um esganar, vaticina: Eu sempre estarei contigo.
A saudade me olha nos olhos e com uma voz  como se fosse
Uma doce canção,  me diz: Eu também.


José João
11/07/2.013





quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ainda há quem diga que sou poeta!!


A brisa docemente me caricia o rosto, com carinho de mãe
Que sente a dor do filho, de sua alma, e chora com ele.
E me deixo ficar como criança carente, silenciosa e triste.
No jardim, bem em minha frente, perfumado, colorido,
Onde o movimento da vida se faz completo e perfeito, 
Os rouxinóis, os bem-te-vis, em infantil algazarra, voam,
Se beijam, batem alegremente as asas saudando o dia,
Cantam alegremente uma desencontrada mas perfeita sinfonia,
As notas musicais se perdem alegres e soltas, sem palavras
Que possam traduzir a beleza do canto, e a alegria do momento,
Só não um sabiá, que sozinho, escondido num roseiral,
Canta triste, destoando de tudo que se ouve ou vê 
 - menos de mim -  Um gorjeio triste, cheio de lágrimas,
Em cada pausa do canto, talvez um doloroso soluço,
Quem sabe esteja chorando uma perda, uma saudade!
Lá, bem longe, num colorido e melancólico horizonte,
Lá onde os olhares sonhadores dos amantes se perdem,
Em sonhos, em desejos, até em saudades de amores distantes,
Onde o silêncio se faz canção gritando dentro da alma,
Orações que não fazem milagres, só deixam  esperanças vazias
Como ilusões que a vida finge serem verdades.
E eu tão triste, como o sabiá do roseiral, só pude chorar,
E não soube nem fazer desse pranto uma poesia.
Ainda tem quem diga que sou poeta!!!!


José João
03/07/2.013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dor e saudade... livres em mim

Amar. Como amei! Me entreguei loucamente, sem medo,
Minha alma perdeu o pudor e renasceu, do cio pleno
Entre a paixão e a infinita vontade de ser feliz.
Me entreguei, me fiz servo passivo e fiel do amor,
Corri entre sonhos que não eram meus, mas amar...
É viver também os sonhos de quem se ama,
Deixei meus sonhos escondidos,  perdidos dentro de mim.
E um a um dos sonhos de quem amei, vivi intensamente.
Corri entre pensamentos e vontades que não eram minhas,
Mas fazia que fossem, o importante era ser feliz, pensava.
Passa o tempo e os amores se vão, porque não sei,
Mas foram, e cada um deixando uma dor diferente,
E as lágrimas começava a se fazer constantes
Pelas tantas saudades deixadas pelos adeus que ouvi.
Fiquei só, como andarilho, que vaga sem ter onde ir,
Que caminha por qualquer estrada sem saber onde vai,
E diz, pra si mesmo em silêncio. Que importa onde chegar?
Se a dor,  e a saudade serão sempre as mesmas...
Novas, só as lágrimas que se renovam a cada instante,
Quando as lembranças chegam sem pedir licença.
Vou indo, sem sonhos, em direção a qualquer horizonte
Assim, em mim, deixei a dor livre para doer...
E a saudade...livre para me fazer chorar


José João
01/07/2.013