terça-feira, 19 de março de 2013

Triste colheita


Dizem que a colheita depende de como se plantou
Do adubar a terra, do se entregar, do como se fez
De deixar florar primeiro, lá de dentro da gente
Com todo o amor que se dá à pequenina semente

Dizem até que as plantas, nossa alma podem ouvir
Devolvem o que lhes damos o que podemos sentir
Dizem, assim ser o universo, nessa troca por viver
Sendo assim me pergunto: por quê esse meu sofrer?

Me entreguei de corpo e alma, fiz do amor infinito
Nem perguntei por prantos, me doei como oração
Tirei de dentro de mim, sem medo, meu coração

Entreguei, toma, aqui está, é todo teu pode pegar
Reguei esta semente com tanta ternura, tanto amor!
Agora nesta colheita, triste, o que colho é só dor


José João
19/03/2.013

3 comentários:

  1. Talvez...

    Tinha era cansaço de esperança.


    beijo

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  2. Do amor, nem sempre colhemos bons frutos... Versos lindos e que nos leva a reflexão também. Não deveria existir dor no amor. A colheita foi triste, mas o soneto ficou maravilhoso! Bjus
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  3. Lindo José João ...E muito verdadeiro ...Esta colheita não foi perfeita !!! Não é preciso sempre trocar a semente ou o tipo de panta ...basta saber a hora de voltar a plantar ...Um grande abraço saudoso de Pedro Pugliese

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