segunda-feira, 18 de março de 2013

Soneto do amor cigano

Por tanto ir a lugar nenhum me fiz cigano
Por caminhar entre os nadas me fiz dono
Das dores vindas desse louco amor profano
Que um dia vivi. Por esquecer agora clamo

Saber-me assim, agora vil prisioneiro
Das mórbidas lembranças que me vêm
Como algemas que me prendem o pensar...
Os medos que não me deixam nem  sonhar

E a noite nua a fazer-se louca, desvairada
Deixando a alma entre os sonhos acordada
E eu... andarilho a fazer-me um quase nada

De que me fiz, ao fazer-me torpe pecador
Ousando dizer que na vida nenhum deus
Assim, como eu, te deu a vida e tanto amor


José joão
18/03/2.013


6 comentários:

  1. "De sofrer e de amar, a gente não se desfaz."
    Guimarães Rosa

    abç

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  2. Quão profundo é este sentimento e quão intensa esta dor transmitida em versos!
    Como sempre, José João, deixa no leitor aquele sentimento no peito que diz que foi belo amar em versos!
    Gostei imenso!

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  3. Olá, José João!
    Belo poema!
    Muita intensidade nos versos.
    Abraços.

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  4. QUANTA ALEGRIA MEU AMIGO EM AQUI ESTAR ...EM VOLTAR A LER TUA BELEZAS E LETRAS INCONFUNDÍVEIS ... MUITO LINDO E VERDADEIRO >>>POETA ...COM A BELEZA QUE SEMPRE CONTEM OS TEUS VERSOS DOURADOS OU DIAMANTADOS !!! UM GRANDE ABRAÇO CARINHOSO !!! Pedro Pugliese

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. O que difere você do Mário Quintana, é que o segundo já alcançou a fama. Mas teu dia chegará pois tu escreves divinamente como os grandes poetas. Esta, é mais uma obra linda! Bjus poeta.
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