domingo, 3 de fevereiro de 2013

Que venham as ilusões


Hoje ainda não acordei, tentando sonhar sonhos
Que ainda não sonhei. Procurando espaços vazios
Entre aqueles que se foram perdidos por aí
Mas se fizeram saudades escondidas na alma,
Sonhos que ficam sem se fazerem esquecer,
Ficam guardados como relíquias, mas vivos,
Latentes, qualquer saudade pode desperta-los.
Esses sonhos antigos que se fazem de sempre,
Talvez por minha culpa, culpa dos meus medos
Medo de sonhar outros sonhos e despertar
Com maiores tormentos e dores mais doídas.
Mas já é tempo de viver outras verdades,
Nem que sejam apenas ilusões enganando a alma,
Nem que sejam devaneios, loucuras, desejos
Mas tenho que sonhar sonhos novos,
Sonhos coloridos, com cheiro de esperança,
Com gosto de vontade, com gosto de amanhã.
Ir em horizontes onde minhas lágrimas não chegaram,
Caminhar por caminhos que meus prantos
Ainda não molharam, caminhos sem marcas,
Sem passos, caminhos virgens de mim,
Onde minhas dores ainda não passaram.
Preciso sonhar meus sonhos, mas que sejam
Sonhos vazios de mim com essas dores de agora
E cheios de todas as esperanças ou ilusões,
Mesmo esperanças impossíveis, ilusões mentirosas.
É preciso, pelo menos tentar, pintar os amanhãs...
Com outras cores, e dar à vida outros sabores.


José João
03/02/2.013





3 comentários:

  1. José João,

    Estar aqui neste cantinho, é mergulhar nas mais belas palavras...

    Beijinhos

    Ana

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  2. Mesmo sabendo que podemos sofrer, chorar, se decepcionar é preciso sonhar, pois são eles, os sonhos, que fazem com que esperemos os amanhãs com a esperança de dias melhores e felizes. Lindo poema Poeta. Bjusss

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  3. Poeta!

    Viva as teus novos sonhos e nunca deixe de transformá-los em doces sonhos, ainda que com dor, que a tua poesia aponte para as estrelas, lá o brilho não cessa!
    Boa noite!
    Alice.

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