terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A lição do outono



Ouçam o lamento das folhas caídas no outono,
Elas choram tristes, moribundas, deitadas na areia,
Rolando ao vento, ao léu, agora como nada...
Apenas folhas secas... folhas secas,  folhas mortas
Um dia foram belas. Verdes, vermelhas, douradas
Dançando ao vento, beijando a brisa, agora...
O que são? Apenas pedaços perdidos, varridos,
Levados, sem pena, pelo vento, cruel verdugo
Que as leva a lugar nenhum, essas mesmas folhas
Que um dia fez carícias, deixou-as nos galhos
A se fazerem dançarinas das canções do tempo.
Ah! Se ouvíssemos os gemidos das folhas...
Se pudéssemos lhes ver os prantos!  
Mas se vão passivas, por agora tão frágeis,
Estão secas, estão mortas, estão nada.
Ah! Essas folhas secas no chão caídas, perdidas...
Quantas não foram tão vaidosas!!
Nos lembram...que um dia...um dia...


José João
22/01/2.012



2 comentários:

  1. Que poema lindo ... Apaixonante!
    Parabéns poeta
    Su

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  2. Adoro quando você escreve sobre as folhas, as caídas, as jogadas, as abandonadas e mortas... que de mortas parecem renascer nos teus versos, arrancando de dentro de nós (pelo menos de mim) sentimentos de dó e compaixão por elas... parece bobo, mas é assim que sinto. Amei! Como sempre vc se superando.

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