sábado, 1 de dezembro de 2012

Prantos da alma



Não é esse beijo de ontem, nem um amor de amanhã,
Beijo que dei sem sentir, amor que nem sei se é  amor,
Que vai fazer a alma esquecer essa dor que traz consigo
Desde muito, de quase sempre, e sempre chora comigo

Não é uma vontade qualquer, por um qualquer amanhã
Que vai fazer as vontades antigas serem agora esquecidas
Não terá, disso agora sei, uma saudade que seja maior
Que a saudade de sempre, mesmo sendo assim tão doída

Choro dores que foram sentidas, vividas, na alma paridas
Desde quando, não sei, mas que importa agora saber
De ontem não foi, de há muito talvez, ou até de outra vida

Choro os prantos guardados que só mesmo a alma sabia
Agora me vêm em momentos que não são meu chorar
É vontade da alma, das dores que só ela mesma sentia


  José João
01/12/2.012


3 comentários:

  1. Entender o que vem da alma podemos até tentar, amigo poeta, questionar parece-me difícil.
    Abc.

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  2. Maravilhoso,José.

    As dores fazem parte de nossa ascensão espiritual e saber lidar com elas e entendê_las é um privilégio.

    É mister afastar essas mazelas de nosso coração e alma.

    E deixar entrar a luz do perdão e do amor.


    Recebo suas atualizações,querido amigo.

    É muito gratificante tê_lo no meu grupo e deliciar-me com seus lindos escritos.


    Uma semana de Paz Profunda.

    Beijos


    Donetzks

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  3. "Choro os prantos guardados que só mesmo a alma sabia
    Agora me vêm em momentos que não são meu chorar.É vontade da alma, das dores que só ela mesma sentia"... Talvez essa tristeza ou saudade que não sabemos explicar não sejam nossa, não desta vida, mais de outra... Bju querido.

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