sábado, 29 de dezembro de 2012

Feliz 2.013



Conseguimos, vencemos  mais essa etapa, mais um  ano que
conseguimos  fazer  de  história,  cada  um de nós com a sua
própria, mas  sempre história. Sabemos  que  essas  história,
muitas  escritas  com  risos,  lágrimas  (muitas de felicidade),
saudades,  de  realizações  e  de  lutas. Neste  ano novo que
está   vindo,  tomara  nos  encontre   sorrindo  e  com  força
suficiente  para conseguirmos  ainda  mais  conquistas.  Que
todos os sonhos sejam realizados e que Deus sempre esteja
do nosso lado, não para nos tirar os obstáculos do caminho,
mas para  nos  ajudar a  tanspô-los  com a certeza de vitória.
Queridos  amigos  que  2.013  se  faça   um  ano de sonhos,
que  sejamos abençoados pelos anjos  divinos,  que  entrem
em  nossos corações e no dê  discernimento,   inteligência  e
espirito de justiça  e   bondade.  Tudo  isso  para  sabermos
dizer  o certo  na hora certa, para podermos  dar um sorriso
sem pedir  outro de  volta,  para  sabermos  dar  um  pouco
de  nós.  As vezes é tão  fácil dar um  pouco de   felicidade,
uma palavra, um  sorriso  sincero,  de  coração  aberto.  As
vezes,  amigos, com  tão pouco se dá  uma  felicidade muito
grande e a  recompensa, as vezes é um sorriso tão  simples,
tão singelo, que  nossos  olhos  riem  cheios de  lágrimas de
tanta felicidade.Engraçado, quando damos, maior felicidade
não é de quem  recebe... é nossa, quer ver?  Experimentem.
Queridos   se  nos   fizermos  dignos   das  coisa  de  Deus,
Ele nos dará. Eu  sei que todos são. Sendo assim um  beijo,
e que nossa religião seja  nossa consciência e a vontade de
fazer o próximo  feliz.  Meus  amados,  para  todos,  2.013
beijos  vezes  1000000000000000000000000000000000
Assim  talvez  entendam o tamanho do  meu   carinho   por
todos vocês. É amor mesmo e um MUITO FELIZ 2.013.

São os votos desse aprendiz de poeta
José João
28/12/2.012


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O tempo traz de volta


O tempo, desde há muito, rumina histórias
Mais ainda as tristes, para treze-las de volta,
Aquelas todas que fazem o pranto ser mais vivo,
Saltar dos olhos como submisso escravo cativo

As dores que o tempo rumina e voltam sempre
Se fazem angustias, guardadas dentro da gente
Machucando, fazendo sofrer, sufocando a alma
Fazendo dela apenas uma triste sombra demente

Ah! O tempo! Sempre indo mas sem nunca passar
Deixando saudades, lembranças, sonhos perdidos
Que ficam dentro da gente como momentos vividos

Tudo se faz vazio, como se os sonhos esquecidos
Nunca tivessem, em tempo algum, sido sonhado,
Não fosse o tempo mansamente te-los ruminado.


José João
28/12/2.012










quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Só você



Se me dessem as estrelas talvez não as quisesse
Jardins, flores, o próprio mar, não os queria
Há quem quisesse, disso sei, e sei muito bem
Mas pra mim, não, com eles o que eu faria?

Se me dessem o último rio, caudaloso e extenso,
Se me dessem a última sombra do pior deserto
O mais belo luar que nunca ninguém sonhou ver
Até horizontes se me dessem perguntaria: Pra quê?

Noites, campinas, montes verdejantes, tudo já vi
Estradas em flores eco do vento cantando amores
Todas essas belezas, tudo isso, creiam, já senti

Todos esses encantos, que todos vivem pra ver
Até a beleza da madrugada, do inocente sol nascer
Trocaria tudo isso, amor, por um pouquinho de você


José João
26/12/2.012




Já nem sei quem és



Agora como viver se tudo se perdeu pra mim?
Até os sonhos se foram sem nada me dizer
Tua saudade me acorda, me manda chorar
Mas tudo se faz tão pouco. Que posso fazer?

Nem sei mais onde possa caminhar... olhar
Chega um momento que tudo se faz sem cor
Até os prantos se desbotam em meu rosto
E o gosto das lágrimas fica gosto de dor

Que posso agora, se só o adeus ficou aqui?
Dentro do peito, como uma história sem ter fim
E o amor, talvez tenha morrido dentro de mim

Tanto te pedi, gritei: Por favor fica, não se vá
De joelhos, lembro ainda, chorei aos teus pés
Te foste, saudade ou dor? Já nem sei quem és

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Procurando histórias


O vento da madrugada me sopra o cheiro do amanhã
Que ainda, todo tímido, se esconde atrás das estrelas
Uma chuva fina parece cantar uma valsa desconhecida
E a noite, passando lenta, se fazendo rainha envaidecida

Manda que o tempo atrase o amanhã que quer chegar,
Assim a dor fica mais doída e a solidão mais completa
Deitada comodamente num coração triste que aflito grita
Com a alma, que se desmancha em prantos por tão aflita

O amanhã, com gosto de lágrimas e cheiro de saudade,
Chega procurando histórias que a noite não deixou ficar
Se fez desperta, e acordada, não permitiu nenhum sonhar

Assim ficaram todos os momentos, perdidos num sempre,
O amanhã ficou sem histórias a não ser os prantos caídos
Que ficaram consolando a saudade pelos sonhos perdidos


José João
25/12/2.012




Quem nunca ouviu um adeus?


Adeus, quem não ouviu? Ninguém vive sem dize-lo um dia.
E a cada um, vai parte de nós, se morre um pouco mais
Ah! Se o tempo parasse, se a voz não falasse nessa hora!
Se nunca fosse preciso ficar, nem partir, ter que ir embora!

Quem não chorou num adeus, vendo o vazio sem nada falar?
Ouvir ou dizer, calar ou chorar, gritar em silêncio essa dor
Sentir o tremor das mãos, a falta de voz, um querer não estar
E a alma, coitada, em silêncio gritando: Por favor não se vá

Quem nunca chorou um adeus, com certeza, nunca viveu
Não sentiu a dor da ausência sendo chorada pela saudade
Que vai viver dentro da gente, talvez como única verdade

Adeus, uma dor que ninguém quer sentir mas... é preciso
Um pedaço que fica dentro da gente e nos faz incompletos
Embora nos deixando, do outro, para sempre... repletos


José João
25/12/2.012QuQu



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Um pedaço de ti



Meus sonhos, todos eles,  ficaram repletos de nós
Os momentos se fizeram pedaços completos de ti
A seguir-me onde for, até nos horizontes tu estás
Como se tudo me mostrasse o que sempre serás

O vento volteia em canções  teu nome chamando
Olho as estrelas e lá também teu nome está escrito
Raios de luar brincam, na noite se fazem tua sombra
Como se dissessem que estás de mim até o infinito

Me tomaste e me fizeste meu menor pedaço de mim
Me viraste ao avesso, me fizeste de morada, de abrigo
Te foste, fiquei, mas não importa, de chorar eu não ligo

Só não sei como em mim entraste, e em mim te deixaste
Já não há mais nada de mim nos momentos que passo
Mas há sempre um pedaço de ti nas poesias que faço


José João
23/12/2.012







Por que dói tanto um adeus?


Por que choramos quando ouvimos a palavra adeus?
Por que as lágrimas caem e o coração bate forte?
Por que dói tanto dentro da gente?! Fere a alma,
Deixa um vazio onde  até a vida se sufoca em prantos.
Fica aquele não-sei-o-que dentro de nós, dolorido,
Silencioso, sufocante, aquela tristeza mais triste
Que qualquer tristeza a nos fazer ir em caminhos
Que nem sabemos se existe, a fazer a alma
Buscar estradas, buscar sonhos, procurar rastros
Que não ficaram. Porque dói tanto um adeus?
Por que fica esse todo desespero a nos tomar?
Até o ar que entra em nosso peito se faz  flecha
Pontiaguda a fazer sangrar até o pensamento
Que chora todas as saudades que ficaram.
As coisas mais comuns se fazem tantas e vivas...
Até os detalhes que seriam pedaços insignificantes
Se fazem lembranças fortes e dores completas.
Fica em cada um, um pedaço do outro gritando: Porquê?
E a distância aumenta em cada palavra que se diz
Ou mesmo no silêncio que nos fica na alma.
Porque dói tanto um adeus?



José João
23/12/2.012




Feliz Natal



Queridos, que a felicidade se torne amiga intima de todos,
que a  ternura do natal e a compaixão dos anjos se instale
nos  corações  e se  perpetuem. Que a luz divina, a luz da
bondade, seja  o lume a  nos indicar  o  caminho do amor,
e da  bondade, tão raros  hoje  em dia. Amigos, saibamos
plantar  agora  a  colheita do  futuro. Vamos  regar  nosso
presente  com amor, com paz,  com carinho  e sobretudo
com compaixão. Que  este natal nos ensine  a  ser como é
o sândalo. Que não tenhamos  vergonha de dizer: Te amo.
Assim, queridos, desejo a todos um natal cheio de paz, de
amor, de ternura, um natal feliz em que o amor seja maior
que qualquer presente. Um beijo em todos os corações, e
meus sinceros agradecimentos a todos que  me honraram
com suas visitas. Vou guardar a todos como a  poesia que
nunca  nenhum  poeta  escreveu, tal é a perfeição de seus
corações. OBRIGADO.


São os votos desse humilde amigo
José João




sábado, 22 de dezembro de 2012

Um livro que ninguém lê


Minha vida, um livro de páginas passadas, marcadas
De lágrimas, de risos, de amores perdidos, de saudades,
De páginas completas, outras em branco ou inacabadas,
Algumas escritas agora, outras em páginas já amareladas

Escrito em capítulos sem ordem de chegada das dores
Posso chorar dores antigas, dores que ainda vou sentir,
Depende apenas do momento quando chega e me toma,
Chorar qualquer das dores vividas, a alma nunca reclama

Um livro de histórias, as vezes absurdas, outras previsíveis
Quase sempre choradas, escritas, contadas em risos fingidos
Atrás de onde lágrimas e prantos, sempre ficam escondidos

Um livro atirado num canto preenchendo um  espaço vazio
Espaço que mesmo assim se faz incompleto, de nada se faz,
Como fossem  folhas perdidas que ninguém quer ler mais


José João
22/12/2.012










quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A solidão acabou de chegar


Sentado na beira do tempo olhando o nada que vai,
Caminhando sem caminhar, indo pra nenhum lugar,
Como meus pensamentos, perdidos no vazio de mim
Ficando ao léu, indo sem rumo, num mundo sem fim 

Deixo os sonhos moribundos se pensarem vivos,
Correrem entre horizontes que já nem são mais,
São apenas imagens guardadas na mente perdida
Que insiste em se dizer sã, que insiste em ter vida

Me chegam os momentos em fragmentos avulsos
Uns em pequenos pedaços, outros repletos de fim
Uns histórias completas, outros pedaços de mim

Lá, bem muito atrás, calada, aflita, sentada na noite  
A saudade, cabisbaixa,  me acena um tímido olá
Mas a solidão por tão apressada acabou de chegar


José João
20/12/2.012









Um nome


Meus sonhos, acalentados por uma voz desconhecida
Sempre vinha nos meus sonos gritando dores e nomes
Não sei quais fantasmas povoavam meus pensamentos
Mas estavam sempre ali, em mim, e muito bem atentos

Traziam do passado, do esquecimento, tristes momentos
Que me chegavam, na alma, como chicotadas cortantes
Fazendo chagas, feridas duras, cruas, sangrando prantos
Chorados por momentos, agora mortos, já sem encantos

Meus fantasmas traziam saudades que já foram choradas,
Lágrimas antigas, que borraram velhos versos inacabados,
Dores, angustia, medos que se fizeram de velhos guardados

Que mistério é a noite! Nela fantasmas também se perdem
E numa noite, num sonho, ouvi um nome, bem alto gritado
Aí lembrei um beijo, um olhar, até esqueci de já ter chorado


José João
20/12/2.012







quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ah! se o tempo fosse como o vento!



O tempo não é o vento, e pensamentos não são com folhas
Que o vento leva pelos caminhos ou por perdidas estradas,
Os pensamentos se prendem fortes, na alma, como saudade
E o tempo se cala, de mudo se faz, e ficam apenas os nadas

Esses nadas que, dentro da gente, só nos deixam carentes
Cheios de vazios, desses vazios que só a solidão sabe cuidar
Trazendo fantasmas que há muito haviam se perdido no tempo
Mas os pensamentos não são folhas, e o tempo não é o vento

Que leva folhas, perfumes, sussurros, canções, leva até beijos,
O tempo deixa, saudades, lembranças, sonhos, deixa dores
Deixa os vazios, cada um do tamanho do adeus que se sentiu

Pouca coisa o tempo leva, na verdade, quase não leva nada
Ficam sonhos, saudades, os arrependimentos, e como doem!
Se o tempo fosse como o vento não seria essa dor tão danada.


José João
19/12/2.012



Uma palavra apenas


Não é preciso que diga palavras difíceis, nem bonitas
Basta apenas que sejam sinceras, diga palavras fáceis,
Dessas que saem alegres, pulando de dentro do coração
Palavras simples que a alma ouve como uma terna canção

Pode até dizer essas palavras comuns que todos falam,
Essas palavras que todos dizem e se perdem no tempo
Palavras soltas, em gritos, em sussurros, pouco importa
Até essas palavras que fácil são levadas embora pelo vento

Pode dizer palavras assim, não me importo.Vamos, diga...
Não precisa buscar palavras, dessas que a vida não entende
Palavra que por qualquer adeus se troca, se vai, se vende

Basta qualquer uma palavra, qualquer que venha de você
È tanto, seria como um hino que o mundo canta pra mim
Seria um doce sonhar para quem sabe... que nunca vai te ter.


José João
19/12/2.012





A magia dos poetas


Até a morte se dobra àqueles que esconderam seus túmulos
Com a beleza do canto parido por seus corações: A poesia
Até o tempo se esquece de esquecer, e se faz de arauto
Daqueles que sabem fazer com letras as mais belas magias

O poeta faz de suas dores, fantasias, brinca de fazer versos
Com a própria vida, brinca de fazer dos maiores absurdos,
Mero acontecer. Pára os rios, banha na água de ontem
Que o rio guardou só para o poeta poder ser, estar e viver

Esses poetas que pintam no papel os mais belos horizontes
Desenham flores nas nuvens, esculpem poemas sem cinzel
Fazem rosários de estrelas, riem brincando de anjos do céu.

Mágicos, pintam o universo sem precisar de tinta nem pincel
Pintam suas cicatrizes na alma com a mesma cor dos prantos
Que choram rindo na poesia que fazem das dores... encantos


José João
19/12/2.012






segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Histórias de mim



Desenho minha história sonhando musicas que não ouvi
Crio minhas emoções ouvindo canções que não existem
Corro com as nuvens na loucura do meu mundo vazio
Brinco de rezar orações olhando as flores em pleno cio

Canto com  a chuva chorando lágrimas que já nem sei
Se são minhas, se são da alma,  se lágrimas que já chorei
Ou se são lágrimas novas, mas não lembro de ter chorado
Lágrimas novas?! Se as chorasse teria sim, me lembrado

Conto para as estrelas minhas noites vazias, conto de mim
Das saudades, das lembranças, das minhas verdades fingidas
Dos prantos que chorei sorrindo das tantas dores sentidas

Ouço do tempo o que parecem histórias contadas pra mim
Vêm em suspiros, outras vezes sussurros, em voz tão baixinha
Que até custo crer que essas dores são mesmo só minhas


José João
17/12/2.012


Nunca mais


Uma lágrima, um sorriso, um adeus e uma saudade
Dois corações que se vão por caminhos contrários
A cada passo mais distantes estarão, olhos molhados...
Apenas lembranças ficarão entre seus tantos guardados.

Lembranças do perfume dos beijos no sabor dos lábios
Lembranças dos momentos que, agora passado, ficaram
Lá atrás, num tempo em que tudo se dizia eternamente
Como se o passado e o sempre fossem sempre o presente

Mais lágrimas, um sorriso sem gosto, amarelo e triste,
Apenas rascunho de um riso riscado nos lábios sem cor
A alma chorando um adeus, de joelhos gritando essa dor

A saudade, ambígua, fica com um e com o outro se vai
Aos dois se faz de amiga, chora com eles dores iguais
E sabe: Esse dois corações não se encontrarão nunca mais


José João
17/12/2.012








Hoje, quero apenas...


Hoje não quero escrever, nem versos, nem poesias.
Hoje quero apenas buscar sonhos mortos, lembrar,
Ir buscar saudades antigas, revirar gavetas fechadas
Buscar as histórias que no tempo ficaram guardadas

Hoje não quero, nem sorrir, nem chorar, nem ouvir
Hoje quero ser apenas só, como se fosse uma letra,
Somente uma letra do verso que ninguém quis fazer
Naquela  poesia que nenhum poeta soube escrever

Quero buscar desejos perdidos...os velhos guardados
Que a alma  insiste em esconder no escuro, trancados
Quem sabe por medo ou... deles ter se envergonhado?

Não quero escrever, versos, nem poesias, nem cantos
Quero estar só, como pássaro que desgarrado voa
Como nuvem perdida que vai só, calada, nua e à toa


José João
17/12/2.012





sábado, 15 de dezembro de 2012

Tudo passa


O tempo brincando de ficar no mesmo lugar que nós dois
Como se a vida quisesse fazer nossos momentos eternos.
Nosso espaço, um mundo de sonhos, de beleza infinda
Como nunca, em nenhum tempo, havia existido ainda

Nossos corações pulsavam como apenas um coração
Na alegria incontida de um gritar risonho, eloquente
Como se tudo, em volta, fosse silêncio e só nós dois
A ouvir da alma o grito de uma vontade tão ardente

O tempo parava como se fosse pecado ir em frente
Ficava olhando nós dois e até se sentindo carente
Fazia um olhar de bondade se deixando pra gente

Cada amanhã se fazia de eterno, de sempre, de mais...
Mas tudo, não sei porque, um dia passa, segue e vai
Como se fosse preciso, como se amar fosse demais


José João
15/12/2.011







quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Prefiro sentir saudade


Ontem vivi sonhos que, hoje adormecidos, me calam
A saudade me faz viver em dores os prazeres de ontem
E este e os amanhãs se fazem em mim tão parecidos
Que viverei os amanhãs como os ontens foram vividos

Mas não reclamo a dor que agora a vida me permite
Amei, vivi as emoções que fazem viver ter um sentido
Tenho histórias pra contar, tenho saudades para sentir
Vivi. Quem pode se dizer vivo, sem nunca ter sofrido?

Sofrer...mas a quem ama ou amou o que é mesmo sofrer?
Se amar é fazer sempre de cada instante uma eternidade
Sofre quem nunca amou, quem  não sabe o que é saudade

Saudade é apenas a alma insistindo viver o que já passou
È preferir viver os ontens que dentro dela ficaram vivos
Por medo, talvez, de amanhã ser mais doída uma outra dor


José João
12/12/2.012














terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Todo grande amor...


Tudo parecia eterno como se o mundo fosse de nós dois
Como se o tempo parasse e a nós se fizesse de cativo.
Os caminhos, os mais distantes, cruzaram em nossas vidas
Se fizeram  estradas de sonhos cheios de imagens coloridas

Que poesia poderia ser mais bela que a história de nós dois?
Quais sonhos poderiam ser sonhados sem vazios pra depois?
Nossos momentos se faziam eternos na ternura de cada olhar
Para que palavras? Nossos olhos falavam nosso jeito de amar

Até a perfeição gritava ao mundo: Perfeito é esse jeito de viver.
Tudo era canção a envolver, a embalar nossas almas e corações
Que nosso mundo explodia na beleza eterna de nossas emoções

Nosso amor escrito em versos, em divinas canções angelicais
Se perdeu na distância de um adeus. Só a saudade agora existe
Mas dizem: "Todo grande amor só é bem grande se for triste"


José João
11/12/2.012










segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Milagre



Milagres,  milagres existem e se fazem ficar para sempre
Os milagres contam histórias da vida, de amores, da alma
Se fazem belos, se fazem tristes, se fazem encantos, orações
Se fazem melodias, se fazem ternura morando nos corações

Uma lágrima caindo no rosto contando um adeus, é milagre
Um adeus voando ao tempo dito no silêncio de um momento,
Se fazendo um grito ecoando na alma como a fazer-se vida
Deixando saudades, deixando essas tantas dores tão doídas

É um milagre. É um milagre buscar sonhos que eram perdidos,
Buscar num passado distante, pedaços, fragmentos deixados
Para trás, restos de desejos que um dia se fizeram proibidos

Viver como eu vivo é um milagre, viver sozinho assim comigo
Por ter amado tanto, ter da própria existência se esquecido
Milagre, mas o meu maior milagre... é viver sem estar contigo


José João
10/12/2.012





Participação na 4ª Antologia da ALAF



Queridos amigos,  seguidores  e  visitantes. É com muita
 alegria  que  comunico  a todos  minha  participação na
4ª Antologia Poética da ALAF  -  Academia  de  Letras  e 
Artes de Fortaleza, parceria com  a  Literarte-Associação 
Internacional  de Escritores e Artista,  da qual faço parte. 
O lançamento do livro  será em  Janeiro de  2013 na  bela 
cidade de Fortaleza.Abaixo deixo as poesias selecionadas
para que relembrem. Obrigado.

Link da Literarte: http://sitedoescritor.ning.com
                             * * * * * *


Sonhos, apenas sonhos

Sonhei. Tive a coragem de sonhar, ousei sonhar
Todos os sonhos que minha alma quis, os mais bonitos.
Sonhei flores, jardins, sonhei estrelas, até cadentes
Sonhei cores, arco-iris, sonhos de momentos infinitos

Te fiz flor no meu jardim dos sonhos, te fiz princesa
Nos palácios de rubis, esmeraldas, safiras, todas belas
E tu, meu sonho, mais bela que todas, reinando única
Como fada colorida num mundo mágico de aquarela

Parei rios para lavarem teus pés, fiz tranças de nuvens
Enfeitei teus cabelos, subi montes para gritar teu nome
Queria reza-lo como oração bem mais perto do céu
E brinquei como vento esvoaçando teus cabelos ao léu

Rainha, princesa, dona de mim. Sonhei todos os sonhos
Que pude sonhar contigo, brinquei de magia com a lua
Busquei querubins, fadas madrinhas, até anjos busquei,
E te fiz de todos os sonhos o sonho mais lindo que sonhei

Te sonhei nas noites enluaradas, te sonhei nas madrugadas,
Te sonhei entre astros multicoloridos brincando de voar
Te sonhei em todos os meus sonhos, neles te fiz divina
Apenas hoje aprendi que sonhar assim também faz chorar.

                          *****************


Chorando sem chorar

Canto para esconder o que vai dentro de mim
Faço poesias, elas fingem alheias a dor que sinto
Escrevo sonhos que nem sei se ainda vou sonhar
Nos meus versos, até para as verdades... eu minto

Não sei se sou poeta, talvez apenas um fingidor
Que ri alegre, chorando uma saudade triste
Que canta ao tempo fingindo cantar um amor
Mas bem sabe, na alma, é só tristeza que existe

Rio as gargalhadas dos prantos que vou chorar
Se me vem um pranto triste faço pose no olhar
Faço que ele se sinta um ator a se apresentar

Acho, foi apenas uma vez, não sei, faz tanto tempo
Uma dor doeu tanto que a alma se pôs a gritar
Desde esse dia jurei nunca mais chorando... chorar.

                      ***********************

José João
10/12/12



domingo, 9 de dezembro de 2012

Coisas da vida


Andava entre pesadelos e meus mórbidos fantasmas,
Gritava blasfêmias em orações que não rezava, ironizava
Meus passos bêbados tropeçavam na calçada dura, fria
Onde até a alma, por tantas angustias, de mendiga se fazia

Chuva  fina a fazer-se lágrimas em tristes noites escuras
E eu com passos incertos caminhava na noite fria e nua
Brincava de mistérios com as sombras deitadas no chão,
E  bêbado, na chuva, banhava com lua na lama da rua

Um dia um caminho, desses caminhos que descem do céu
Um vulto, rosto e riso divino, beijo de anjo então foi que vi
Que foi nesses braços onde a vida começa que eu renasci

Nesse começo em que a alma grita alegre: Estou viva. Vivi
A vida se faz  história como se tudo começasse apenas dali
Assim renasci, mas um dia com teu adeus, outra vez eu morri.


José João
09/12/2.012



sábado, 8 de dezembro de 2012

De muito além


Não sei quais caminhos me trouxeram até aqui.
Veredas sem rastros deixados por ninguém
Estradas perdidas sem margens e sem chão
Ou sonhos adormecidos, loucura sem razão?

Quais desconhecidos caminhos me trouxeram?
Fiz rastros por entre estrelas? Ou apenas voei?
Percorri labirintos e neles um dia me encontrei
Na imensidão de um mundo de onde não sei

Talvez seja um intervalo, elo perdido no tempo
Um ponto comum entre dois mundos distintos
Uma cria divina parida no amor de dois infinitos

Dois universos que do amor se fizeram refém
Entre nuvens se esconderam e até hoje existem
Invisíveis por serem constelação de muito além


José João
09/11/2.012





sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Folhas



O outono parece ter sido ontem e já é natal
Onde será que estão as folhas que se foram?
Que ficaram secas? Passaram pela primavera...
Rolaram por estradas, caminhos, quintais...
Onde  será que estão? Nem lembranças são.
Quem vai lembrar de uma folha? Sim, de uma folha.
Aquela folha, amiga daquela flor, aquela flor do espinho,
Sim, do espinho, daquele espinho que...bem do espinho...
Não sei, ele havia ficado no galho que refloresceu
Quando aquela outra primavera chegou.
Ah! Essas folhas! Caem no outono e se vão...
E haja primavera para fazer outras folhas e flores.
Das flores ficam o perfume, sempre o mesmo,
O perfume da rosa é sempre o mesmo perfume
Em todas as primaveras. O perfume dos jasmins
É sempre o mesmo perfume em todas a primaveras,
Por isso são lembrados em todas as primaveras...
Mas quem se lembra das folhas? Pobres folhas...
Sempre folhas em qualquer primavera, sem perfume...
Todas as folhas de uma planta se parecem,
Nenhuma se faz única, nenhuma se faz mais bela...
São tão humildes as folhas! Mas sempre alegres
Brincado de dançar com a brisa, pintando esperanças,
Ah! As folhas como são ... esquecidas! Pobres folhas!


José João
07/12/2.012




Que importa agora?


Que a noite se perca na escuridão de um céu sem estrelas,
Onde a lua, a esconder-se em brumas cinzas, desapareça
Que as estrelas cadentes não respondam a nenhum pedido
Que importa, amor, que me importa que tudo isso aconteça?

Que das flores o perfume se ausente? Que me importa?
Que importa, que delas, caia por terra a nobre beleza?
Que os jardins desfolhem o verde e se vistam de tristeza
Que até a poesia se faça rota, em trapos, sem mais nobreza

Que importa que sequem os rios, se escondam as águas?
Que importa que as nuvens loucas se percam em prantos,
Como chuva a cair no mundo na angustia de tristes cantos?

Que importa? Se tudo agora a fazer-se vida, é essa vida.
Essa vida que vivo agora, lembranças loucas e até perdidas
Essa toda tristeza. Aquele adeus que na alma fez um só ferida.


José João
07/12/2.012




quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Alma, poesia e poeta


Minha alma ao fazer-se de poeta e poesia
Sofre as dores contadas nos versos que faz
As vezes brinca no tempo de nuvem vadia
As vezes chora amores que ficaram pra trás

Como poeta minha alma escreve em soluços
Se poesia é o próprio soluço que o poeta chora
Como poeta minha alma escreve seu pranto
Como poesia é o pranto que se faz de encanto

Minha alma poeta vagueia brincando com flores
Minha alma poesia é a flor que o poeta perfuma
Na minha alma poesia, chora o poeta suas dores

Minha alma... triste poeta chorando em versos
Minha alma... triste poesia que o poeta escreveu
Alma, poesia e poeta... será que uma delas sou eu?


José João
06/12/2.012


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sempre existe um horizonte


Meu mundo era cheio de amanhãs vazios
De ontens sem histórias, de hojes sem ontens
Era um triste museu vazio cheio de fantasmas
Eram as tantas tristezas copulando em pleno cio

As flores caiam mortas antes de serem flores
Ou se abriam raquíticas, sem cor nem perfume.
Os espinhos se faziam robustos em frágeis galhos
Atrofiados, pendidos, secos de folhas, finos talos

Um mundo de sol cinzento e sem cor, sem calor,
Como se o tempo parado não precisasse de luz
Um mundo louco em que o frio era seu cobertor

Lá longe, num horizonte, que nem mais acreditava
De lá vinha uma canção que não sei quem cantava
Mas dizia: Até que enfim pensei que nunca chegavas.


José João
05/12/2.012


Meu silêncio


Meu silêncio, poço profundo a sugar meu grito,
A engolir a luz que a poesia gritada queria falar
Com minha mesma voz do vento gemendo triste
Entre tantos soluços que um chorar breve insiste

Meu silêncio, noite acesa a acender-se aos olhos
Como luz na nevoa a apagar-se em tétricas sombras
A apagar palavras que nos versos ficaram sem cor,
Sem voz, ficaram não ditas, bêbadas em lívido torpor
                                                       
Meu silêncio, sepultura de pensamentos que nasciam,
Que se fariam poesias, momentos de breve eternidade
A fazer-se vida desde que ao irem-se ficassem saudade

Meu silêncio, denso vazio a fazer-se morada no tempo
A tomar da poesia, que nascia na alma, sua terna voz
E faze-la apenas um murmurio a chorar dor tão atroz


José João
05/12/2.012


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A poesia que não escrevi



Ela estava bem aqui, dentro de mim, até sorrindo
Como se quisesse chegar, se fez em alguns versos
Foi até buscar pensamentos que nem lembrava mais
Me fez lembrar saudades antigas, de tempos atrás

Ficou parada em minha frente, povoou meu pensamento
Me fez correr entre sonhos antigos de amores vividos
Me deixou sentado no tempo buscando os momentos
Que com ela viriam contando histórias de amores perdidos

De repente um cantar, um passarinho cantando lá fora
Talvez contando suas dores e suas tristezas, angustias...
Aí minha poesia, tão frágil, por medo talvez, foi embora

Meu pensamento ficou mudo, o papel deitado dormindo
Fiquei como o lápis na mão, surpreso perdido no tempo
Não escrevi minha poesia, acho que ela se foi com o vento.


José João
04/12/2.012

Soneto da solidão


De repente o dia se fez noite e a luz se foi com ela,
Um silêncio que incomodava até a pobre alma triste
Se fez tão forte que o vazio se tornou densa solidão
A tornar-se universo dentro de um já perdido coração

A bruma que a noite chorava se tornou sem cor, fria
Como chuva fina que corta a carne nua da madrugada,
Que chora como triste amante toda a dor de sua alma
A esvair-se em tantos prantos mesmo mostrando calma

As mãos se contorciam convulsivas, em tremores lívidos
Os lábios balbuciavam, frenéticos, orações sem sentido
Olhos aflitos procuravam na escuridão os sonhos perdidos

A solidão preenchia toda a escuridão da noite e da vida
Que a partir daquele adeus seria como se nada existisse
Como se viver fosse agora o de menos, apenas uma tolice


José João
04/12/2.012





segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ao amor


Amor, desculpa-me por usar-te tanto, ter amado tanto.
Perdoa-me por ter te feito a essência de minha vida,
Ter te tomado pra mim como se apenas eu soubesse amar,
Soubesse teus segredos, soubesse viver contigo
Sempre dentro de mim, como se mais nada fosse preciso.
Desculpa-me, Amor, por ousar te fazer de meu servo,
Se na verdade sou eu o servo cativo e dependente,
Por ter, por toda vida, te usado em todos os momentos,
Até mentido com teu nome, um dia disse: Te amo. Sem amar,
Mas por saber de toda tua força na conquista de um momento.
Agora sei. Te usei, te usei até como blasfêmia, como pecado...
E tu, Amor, tão inocente me deixavas, em teu nome,
Conquistar corações que nem estavam tão disponíveis...
Ah! Amor, essência de todos os outros sentimentos bons,
Como fui egoísta!! Te quis todo pra mim,
Como se apenas eu, precisasse e soubesse amar,
Como se apenas eu  fosse o centro de tuas atenções.
Te fiz de oração só pra mim. Te fiz de sonhos só meus,
Te fiz de razão até de beijos que não deviam ser trocados.
Fui egoísta sim. Sou ainda egoísta, eu sei, desculpa.
Na verdade, Amor,  não queria ser muito, nem ser pouco,
Ser apenas medida certa que um coração precisa, mas não sei.
Te faço do tamanho dos oceanos, só menor que o céu.
Desculpa, Amor, se te uso tanto...mas eu preciso...
Tanto, que entre todas as dores que senti por perdas,
Entre cada uma delas, lá estás tu, nascendo outra vez.
Mas a culpa é tua, Amor, que me fizeste cativo de ti.


José João
03/12/2.012




Minhas poesias?!



Minhas poesias? Vêm por aí trazidas pelo vento,
Por sonhos, sonhos ainda nem sonhados,
Pela saudade, vem com risos entre lágrimas,
Com palavras ainda não ditas, com versos inacabados.
Talvez venha com um adeus chorado pela alma.
Nunca sei qual poesia vai chegar, se uma triste,
Falando de solidão, de angustias, tristezas,
Ou falando de uma saudade alegre, dessas saudades
Que não passam nunca, deixam os olhos vagos,
Perdidos no horizonte, buscando lembranças,
Lembranças antigas que se fazem vivas, de ontem,
Que ficam como saudade dentro do peito da gente
E se misturam entre pensamentos e momentos vividos,
Entre verdades e sonhos um dia sonhados
Agora perdidos na vida como fragmentos do tempo.
Minhas poesias? Vêm por aí, talvez trazidas
Por um amanhã feito dos sonhos mais lindos,
Das vontades mais ternas, de amanhãs coloridos
Desde agora pela beleza inocente de um desejo.
Minhas poesias podem vir dos ontens que vivi,
Dos amanhãs que minha alma insiste em ter.
De adeus e ausências que tive de viver e chorar,
Ou de momentos que virão. Se alegres ou tristes...
Não sei, mas serão poesias, sim. Minhas poesias
Vêm dos ontens... dos amanhãs... da vida...


José João
03/12/3.012

sábado, 1 de dezembro de 2012

Prantos da alma



Não é esse beijo de ontem, nem um amor de amanhã,
Beijo que dei sem sentir, amor que nem sei se é  amor,
Que vai fazer a alma esquecer essa dor que traz consigo
Desde muito, de quase sempre, e sempre chora comigo

Não é uma vontade qualquer, por um qualquer amanhã
Que vai fazer as vontades antigas serem agora esquecidas
Não terá, disso agora sei, uma saudade que seja maior
Que a saudade de sempre, mesmo sendo assim tão doída

Choro dores que foram sentidas, vividas, na alma paridas
Desde quando, não sei, mas que importa agora saber
De ontem não foi, de há muito talvez, ou até de outra vida

Choro os prantos guardados que só mesmo a alma sabia
Agora me vêm em momentos que não são meu chorar
É vontade da alma, das dores que só ela mesma sentia


  José João
01/12/2.012


Eu? Fingidor?!


Há quem diga que não são minhas as dores que choro
Que sou um fingidor, que apenas choro a dor alheia.
Rio das minhas dores e faço minha poesia completa,
Se delas não soubesse sorrir, como seria poeta?

Há quem duvide e muito, bem sei, e até mesmo porque
Um dia a mim perguntaram como tão sereno posso viver?
Se todo esse pranto, esse angustia, esse tanto sofrer
Faria qualquer outro por tão desespero até mesmo morrer

Em meus versos conto histórias de amores que  perdi
Da alma em pranto, das dores mortais que um dia senti
Entrem em minha alma, ela dirá que nunca na vida menti

Quem já sentiu uma ausência que até a tristeza chorou?
Quem sentou no vazio e por tanta saudade demente ficou?
Esses sabem das dores sentidas, não me chamam de fingidor


José João
01/12/2.012