domingo, 4 de novembro de 2012

Se eu fosse poeta...



Eu?! Não tenho rosto de poeta, nem jeito de poeta
Não tenho a ternura suave dos poetas, a alma linda
E triste a correr entre sonhos, saudades e desejos.
Não sei fazer as palavras ficarem meigas, doces e belas,
E coloca-las dentro dos versos, mas que fiquem soltas,
Voando e povoando a imaginação de cada um.
Não tenho nada de poeta, a não ser a vontade.
Sim. É isso, a vontade. A vontade de escrever poesias
E deixa-las correr o mundo afora assim como o vento,
E elas, sem licença, entrarem nos corações apaixonados
E deixa-los mais ainda, ou entrar nos corações de pedra
E faze-los pequenos pedaços de sentimentos completos
A chorarem o tempo que perderam sem amar.
Não tenho a paciência do poeta, que como artesão,
Lustra as letras, entrança as palavras, pinta os versos
E a eles  dá vida e à poesia dá alma.
Não tenho nada de poeta. Não sei nem dizer adeus...
Se digo. Choro e não escrevo. Não sei nem fazer poemas
Dos rastros que as lágrimas deixam em meu rosto.
Se eu fosse poeta contaria da saudade, dessa saudade
Que até hoje sinto, na verdade desde sempre.
Se eu fosse poeta ela estaria dentro dos versos...
Que não sei escrever... só sei sentir...


José João
04/11/2.012


3 comentários:

  1. José João meu amigo querido ..Se não és poeta o que dizes são luzes que iluminam ..são prêmios aos nossos corações que belo amigo ...Fico muito feliz em te ler e saber quão generoso é o teu sentimento...Um grande abraço ..Pedro Pugliese

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  2. Ele está lá, nos seus versos...
    O poeta é o que sente, não o que escreve.
    Gosto imenso de ler a sua poesia. São sonhos, por vezes, são rios, outras, mas são sempre belos.
    Abraço.

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  3. Aos amigos, Pedro e Dulce. Obrigado, vocês são maravilhosos. Um abraço.

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