sábado, 3 de novembro de 2012

Ninguém ouve meu grito



Entre as tantas palavras que entre nós foram ditas
Uma não pude esquecer, ficou guardada no peito,
Fez eco na alma. Que posso fazer?
Guarda-la e esperar que o tempo, me traga,
Mesmo lento, um esquecer.
Prometi a mim mesmo não chorar nenhum pranto,
Fazer da saudade acordes de uma canção,
Uma melodia que faça da dor uma terna oração,
Não qualquer oração que de joelhos se reza, 
Se grita e bem ali se perdeu,
Mas uma oração que leve para a alma
Os gritos sonoros de um desespero incontido
Que sai do peito perdido, sem rumo e aflito
Sem ter horizontes, sem ter caminhos,
Sem ter para onde ir, sem ter sequer alguém,
Que lhe possa ouvir


José João
03/11/2.012

2 comentários:

  1. O grito do poeta não tem quem o ouça, mas tem quem o leia e se encante de tão belos eco em versos.
    Abraço.

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  2. Que belo escrito meu amigo querido ...sempre muito bom te ler ...este sentimento profundo a palavra que guardastes ...tudo muito belo parabéns Pedro Pugliese

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