sábado, 27 de outubro de 2012

O perfume dela


Teu perfume tomou o vazio que tua ausência deixou
Se fez de ti e ocupou todos os momentos e espaços
Se deixou ficar entre coxas, fronhas, lençóis e sonhos
Mas meus pensamentos vão seguindo os teus passos

Minha alma, no tempo se engana, e sem perceber
Jura tua presença no doce delírio de seu parecer
Na casa tomada por todo teu jeito de estar e de ser
No terno perfume que nunca na vida se pode esquecer

Portas, janelas abertas, a brisa em volteios a invejar,
No jardim, as flores pendidas nos galhos a procurar
Que terno perfume! Quem poderia ao mundo entregar?

Na casa, ainda que vazia,  a solidão não podia entrar
Por que no doce perfume, ela ainda insistia em  ficar
Solidão? Talvez um dia quando o cheiro dela passar.


José João
27/10/2.012



2 comentários:

  1. Linda poesia, realmente perfume é muito inspirador.... Um abraço!

    ResponderExcluir
  2. Maravilha José João...Poeta é poeta não dá pra disfarçar ...Um abraço querido e parabéns Pedro Pugliese

    ResponderExcluir