sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Apenas amei!




Oh! Doce e querida musa de olhar ardente
Que faz de flagelo esta tão pobre alma
Que a mim, me faz de enfermo, de doente
Que rouba minha paz e até me rouba a calma

Que queres que te faça, que a mim não deixas
Nem um pensar que pra ti, amor, não seja?
Que deixa em minha alma eternas queixas...
Se me abrem os olhos é apenas pra que te veja!

Porque dos meus dias, deles me tomas todo
E só a ti, disponível, deixas o meu pensar?
Assim me deixas essa tristeza como soldo
E como saldo, me deixas esse  meu chorar.

Porque me fazes, amor, tanto bem e tanto mal?
Com se em mim te fizesses meu mel e meu fel
Me untas de mel a um lírio me deixas tão igual
De fel me cobres como se fosse escuro véu.

Em mim conflitam: alma, sonhos e coração,
Sutil, sugas de mim todos os pensamentos
Me roubas  minha já quase nenhuma emoção
E me atiras em profundo mar de tantos sofrimentos.

Oh! Doce musa de minha poesia assim tão triste
Que de lágrimas frias pensa em enfeitar o tempo
Porque em mim, assim, em ficar, insistes tanto?
Porque deixas em minha alma todos esses tormentos?

Que te fiz? Te amei, te adorei, até te fiz rainha
Todos os meus sonhos, minha vida, todos te dei
Até o pranto, dele ao te chorar fiz ladainha
E jamais, como por ti, por ninguém eu já chorei

Por tanto, sem pretensão, acho que não mereço
Tão cruel punição que à alma tanto maltrata
Devia tua saudade me tratar em outro apreço
Não achas essa dor um muito elevado preço?


José João
21/09/2.012

Um comentário:

  1. Maravilhoso José .... Muito muito LINDOOOOO!!! Toca demais ...Ela merece e você também ... Com um grande abraço Pedro Pugliese

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