quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sonhar... é do que preciso





Não tenho medo de sentir as dores que ainda vou sentir,
Não tenho medo de chorar as lágrimas que ainda vou chorar
Quero viver todas as emoções que o sentimento me permitir
Meu único medo, é um dia não ter mais sonhos para sonhar

Que minhas lágrimas sejam por saudades novas ou antigas
Pelos amores que vivi, que perdi, ou ainda vou conseguir
Que meus prantos se façam ao mundo um grito de amor
Amor que se procura tanto, e só com a alma se pode sentir

Quero sentir o coração bater mais forte no prazer de esperar.
Chorei dores que me fizeram até me perder de mim mesmo
Mas quero, não posso deixar de sonhar, de viver ... de amar

Se tiver que chorar outra vez por amores perdidos...choro
Faço até lágrimas para uma saudade nova sentir e chorar
Só não quero um passado vazio, sem história para contar


José João
30/08/2.012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O mar...meu pranto e...


O mar vai chorando com minhas lágrimas indo triste,
Vai na direção do horizonte, colorido e tão distante...
E o vento... toma todos os meus ais e faz uma canção
E vai com o mar, sem rumo, sem sentido... sem direção

Tua imagem se deita em meus sonhos quase esquecidos
Em transparente aparecer entre prantos, solidão e saudade
Nesse instante o coração grita alucinado, a alma desperta
Num torpor de vazios, vagas lembranças, doídas verdades

Com o mar, com a brisa, vão meus pensamentos chorando
Meu olhar se perde sem nada ver numa estrada sem fim
E eu... eu  fico como sombra que vem do nada voltando  

Tudo se perde, o mundo fica sem luz, sem cor, sem razão
O mar perde a beleza, o por-do-sol se deita sem perfume
E meu canto, que inocente se deu ao pranto, se faz queixume


José João
28/08/2.012
                                                


Meu divino encanto


Choro sobre mim mesmo como se agora fosse resto
Grito a saudade de teu beijo que um dia foi contigo
Rezo orações antigas, orações novas que aprendi
Tentando em desespero que me tirem esse castigo

Minhas lágrimas caem como soluços da alma triste
Que caída sobre o nada se faz viajante sem caminho
Feito pássaro que não voa, não por não poder voar
Mas por não ter um horizonte onde possa repousar

Choro saudades antigas como de ontem elas fossem
Grito dores atrevidas. De onde elas vêm? Eu não sei...
Talvez de caminhos perdidos que por caminha-los errei

Choro os beijos que não dei, o adeus que um dia disse
Choro todas essas perdas, não me escondo, choro tanto
Que faço do próprio pranto o meu mais divino encanto


José João
28/08/2.012




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Chuva de verão


Ei! Você, sim você, por favor não vá,. me ouça.
Você algum dia já foi triste? Não! Nunca chorou?
Então, por favor, me dê suas lágrimas, todas elas
Já chorei todas as minhas e nenhuma me restou.

Por favor, tanta é a  minha dor, minha saudade
Essa densa solidão que me acompanha nas noites
Que meus prantos esvaíram-se de mim, se foram
Esvaziaram os olhos e para alma se fizeram açoites

Se me deres tuas lágrimas um trato eu te proponho
Choro com elas minhas dores, todas as minhas dores
Se for preciso, um dia chorar as tuas, não me oponho

Chorando minhas dores com as lágrimas que me dás
As minhas renascerão mais novas, mais efusivas serão
Aí poderei fazer de minhas lágrimas doce chuva de verão.


José João
27/08/2.012



domingo, 26 de agosto de 2012

Lágrimas criança


Hoje a saudade me faz caricias na alma triste
Brinca de lágrimas, de prantos a serem vistos
Como palavras gritadas pelos olhos carentes
Rezando orações por tantos sonhos dementes

Sonhos caducos que há muito pensava perdidos 
Que se fizeram de mortos nas horas, no tempo
Lembranças de momentos há muito esquecidos
Agora em soluços me vêm. Dolorosos gemidos 

Que quer o tempo, o destino, ou a vida a trazer
Dores que nunca mais pensei  chorar outra vez
Com lágrima antiga, perdida, que de agora se fez

Não sei porque essas dores antigas agora me vêm?
Se as lágrimas que choram são todas lágrimas criança
Nascidas ontem quando em mim morreu a esperança.


José João
26/08/2.012








sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Viajante sem caminho


Mar, caminho mágico que se faz estrada infinda
Onde o sol se deita e se faz passarela em luz
Levando sonhos a horizontes que se fazem ficar
Por onde só o pensamento pode livre caminhar

Vai a alma com o vento, voando triste a ir buscar
Velhos sonhos que perdidos se foram pra não voltar
E naquele caminho que o sol ao se por deitou no mar
Só mesmo a alma pode por ele correr, voar, passar

Saudade, dor, angustia, se fazem voz a nos dizer
Da solidão que chega forte, gritando em nosso viver
Que aquele caminho no mar não se pode percorrer

E lá se vão alma, vontades, suspiros e pensamentos,
Passageiros de um olhar cheio de prantos a lamentar
Se fazer do mar viajante sem nenhum lugar pra chegar


José João
24/08/2012

Esse imprevisível amor!


Esse tal amor. Mistura mágica de sentimentos tantos
Um dia, entrou em meu coração e se fez história
Assim, pensei então, ser a vida um eterno encanto
Viver sonhos alegres. Mas o amor também é pranto

Quando se faz adeus, se faz distância. Tanta saudade
Que a alma, em tristes lágrimas, se derrama  toda
Vai ao mundo em passos bêbados caminhando lenta
Que até de um olhar, de um sorriso, se faz sedenta

Esse amor que em nós se deita sem pedir licença
Nos toma todo, se faz de sonhos, se faz de vida
Em colorido mundo nos faz buscar coisas perdidas

Assim como dores que há muito se foram ao tempo
Dores choradas que alma tinha como esquecida
Por qualquer motivo, vem a saudade e lhe dá vida


José João
24/08/2.012






quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A eternidade de uma hora.


Quebrou-se a ampulheta, a areia espalhou-se, rápida
O tempo correu depressa, mas sobre a mesa parou
Quando a areia se acomodou e o tempo se fez nada
O pranto ficou parado no rosto sem ter hora marcada

Tudo ficou em silêncio, mudo, apenas um  grão de areia,
Pendurado num pedaço de vidro da ampulheta quebrada,
Pedia para marcar o tempo, dizia até se fazer de eterno,
E o sonho se fazia estrada correndo na noite acordada

E perdida, uma alma também em silêncio, sozinha rezava
E o grão de areia marcava o tempo, como um relógio parado
Em que apenas aquela hora, é sempre em todas as horas

Quando o tempo em qualquer hora se faz eterno pela dor
Que dura sempre, sem que se queira, mas que nunca  vai
A solidão se faz saudade nos olhos em que o pranto cai


José João
23/08/2.012




E a história se fez


Um dia, muito distante, colori o mundo com meus sonhos
E o mundo ficou alegre, cor de beijos, de olhares apaixonados,
Cor de infinitas promessas de amor, cor do nascer do dia.
A alma brincou de sorrir, e o mundo fez de versos, melodias

Um dia fiz da saudade e do pranto uma história sem começo,
Por ser uma história desconhecida, dessas que ninguém sabe
Afinal meus sonhos coloriam o mundo em matizes cor de amor
Que outra cor ficaria? Num mundo em que a tristeza não cabe?

Um dia meus sonhos foram ficando velhos, e nunca aconteciam
As cores foram desbotando, foram ficando frias, quase sem tom
As melodias que o mundo cantava alegre foram perdendo o som

Os sonhos foram indo sem rumo, ao tempo, em desencantos
A saudade se viu nos espelhos em que meus olhos se fizeram
E a história se fez infinita e eterna nesses meus dias em prantos


José João
23/08/2.012

domingo, 19 de agosto de 2012

Volte amanhã


Tarde, quase noite, tímidas as estrelas vêm, uma a uma
Como se estivessem se preparando para um baile.
De minha janela, vejo o rito das estrelas todas as noites.
De repente batem em minha porta, me irrito um pouco
Vou ver. Era alguém me pedindo uma poesia.
Não posso, hoje não posso escrever poesias - gritei -
Volte amanhã.
Agora que estou vendo em cada estrela o seu olhar,
Que sinto no perfume da tarde seu gosto de mulher
Agora que estou ouvindo no gorjear dos pássaros
Sua voz divina cantando um canto que só eu posso ouvir
Agora que me enchi de saudades dos beijos e desejos
Tantas vezes sentidos em nossos corpos e coração.
Agora que as lágrimas fazem festa em meus olhos
Pelas tão doces recordações de momentos
Que tão intensamente sentimos e vivemos
Agora que estou sentindo tudo isso...
Você vem pedir poesia?! Volte amanhã.
Porquê não veio ontem?
Ontem que os prantos eram de solidão e  magoas,
Que as lembranças gritavam até blasfêmias desconhecidas
E a dor, as tantas injúrias para serem ditas como orações,
Que o mundo se cobriu de cinza, sem cores e sem sons
Que nem as estrela saíram para dar boa noite
 Àqueles, que como eu, choravam seus sonhos perdidos
Ontem que até as flores se esconderam de mim
Por tanta pena e por vergonha por não terem lágrimas
Para chorarem comigo, quando até os pássaros emudeceram
Respeitando minha tristeza, ontem quando em mim,
Até os pensamentos emudeceram...ontem...ontem
Você não veio pedir poesia...volte amanhã


José João
19/08/2.012

sábado, 18 de agosto de 2012

Sublime loucura


Como todos os ontens e amanhãs, mais um dia triste
Desses dias que a tristeza se agasalha dentro da alma,
Que os olhos se dividem entre buscar o vazio e chorar
Lembrando sonhos perdidos que insistem em voltar.

A tristeza como se fizesse do tempo apenas um dia
Se faz de sempre, faz todas as horas infinitas e iguais
Passando lentamente entre noites, solidão e dores
Trazendo da alma, as  lágrimas, sombras e  temores

Medo do pranto faltar, medo de esquecer um sonhar,
No vazio da solidão um sonho é uma doce companhia
Uma lembrança quando vem, mesmo que vindo tardia

Ah! Esses meus tantos dias, tão longos quanto tristes
Essa angustia, que na noite se deita e se abraça comigo
Essa minha sublime doçura que para tantos seria loucura


José João
18/08/2.012










sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Deixa pelo menos...


Deixa  teu perfume no quarto,
Teu retrato na sala de estar.
Deixa teu sorriso atrás da porta
Para quando a tristeza chegar

Deixa um sonho sob o travesseiro
Deixa teu calor no lençol, na cama
Deixa o adeus pendurado lá fora
Pra que o vento o leve embora

Deixa em meus olhos tua imagem
Do corpo, da nudez e do desejo
Deixa em minha alma a saudade
E nos lábios o sabor de um teu beijo

Leva tudo que queiras ou que possas
Mas deixa pelo menos a fantasia
A mentir-me que logos estarás de volta
Para que tua ausência se faça poesia.


José João
17/08/2.012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eu


Eu? Sou aquele andarilho triste que passa despercebido
Ou sou aquela folha que rola sozinha por já ter vivido
Talvez seja aquela sombra que chora sozinha sem sol
Deitada no chão, num canto, mesmo sem ter morrido

Talvez eu seja minha própria dor chorando uma saudade
Que fica dentro da  alma preenchendo o vazio de mim
Ou uma flor pendida na estrada que ninguém quer juntar
E ela cabisbaixa e muda se faz de viva pra poder chorar

Talvez eu seja aquela estrela que chega antes da noite
Andando sozinha esperando que alguém possa olhar
Mas de repente uma nuvem a esconde até a noite chegar

Quando chegam as outras e ela de  tímida se esconde
Entre as tantas que brilham brincando da noite enfeitar
E coitada, num brilho triste acena sem ninguém lhe notar


José João
16/08/2.012



A dor da ausência


Quando deixei de chorar teu adeus, percebi tua ausência
Dolorosa, sofrida, dentro de mim e de minha alma triste
Que em prantos se desmancha em tantas orações perdidas
Como se fosse criança chorando todas as dores sentidas

Os prantos gritam, dos olhos ao tempo, um grito de dor
E o eco desses gritos se perdem nas pedras de solidão
Que se fazem margem de uma estrada cheia de tristeza
Em que os sonhos se perdem sem brilho caídos no chão

Os pensamentos se perderam em um passado distante
Vivido antes do adeus, antes mesmo de qualquer saudade
Antes dessa ausência que se faz de eterna a cada instante

Ah!. Ausência que não sei dizer, só sei sentir e chorar
Essa ausência que me faz ficar dentro do vazio de mim
Me dizendo que um amor eterno também chega ao fim.


José João
16/08/2.012









segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O amor e minha história


Quero escrever sobre o amor,
Por que com minhas próprias lágrimas
O amor escreveu minha história.
Contou ao mundo os meus segredos,
Minhas vontades, desejos escondidos,
Em poesias que nunca escrevi
Em guardados que a alma deixava
Adormecidos dentro do tempo,
Em passados distantes, quase perdidos.
Mas o amor, esse amor
Que também faz chorar, foi busca-los
E entre dores e saudades me fazem
Buscar prantos que pensei já ter chorado.
Faz como se fosse um sentimento
Eternamente infinito enquanto existir essa dor
Lá dentro de mim, me tomando, me chamando
Para chorar outra vez. Não posso parar.
Preciso, mesmo chorando, falar desse amor
Que conta minha história em todos os momentos,
De alegrias, de solidão, de saudade ou mesmo dor,
Escrevo poesias que se perdem em corações,
Que se perdem sem serem lidas, nem sentidas
Que se perdem nas despedidas tristes
Nos olhares fugidios das despedidas dos amantes
Que se perdem nas lágrimas caídas no chão
Escorrendo por rostos lívidos pela tristeza
Que se perdem nos porquês sem respostas.
Escrevo, com minhas lágrimas, o amor,
Esse que se perde bem aí... num adeus
Que não precisava ser dito.


José João
13/08/2.012

domingo, 12 de agosto de 2012

Um dia... outra vez


Imagens, luzes, cores, nascem do nada
Na mágica e lúdica criação de uma alma
Que sonha com fadas, anjos e querubins
Com horizontes pintados cor de marfins

Sonha com beijos perdidos deixados no tempo
Com palavras não ouvidas levadas pelo vento
Sonha em um  dia sorrir entre abraços, sem medo
Gritando o amor sem precisar de tantos segredos

Agora se encerra em palavras a beleza de ontem
Dos momentos que de história em nós se guardou
Como fogo que em nossos corações nunca apagou

Há quanto tempo, outra vez, esse desejo incontido
Que agora dentro de nós se faz mais que sentido
Será pela vida ou pelo tempo outra vez permitido?


José João
12/08/2.012




Guardados e perdidos


Guardo na alma todos os sonhos que sonhei,
Palavras que não disse, talvez até por medo.
Guardo a vontade dos beijos que não dei
Todos se fazem segredos que nunca contei

Guardo imagens perdidas de rostos na multidão,
Cantos que escondi dentro de tantas saudades
Escondo as cicatrizes deixadas em meu coração
Pelas mentiras que se fizeram mais que verdades

Guardo lá dentro do nada perdidos encantos
Que se foram no tempo, para os tantos vazios
Que em mim ficaram preenchidos por prantos

Canto em notas tristes que nem sei de onde vêm
Canções que se fizeram apenas notas perdidas
Em que um louco maestro canta as dores vividas


José João
12/08/2.012








sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sonhos que enganam a alma


Os sonhos se fazem verdade para a alma triste
Os pensamentos voam como se fosse o vento
Indo em volteios perdidos buscando no tempo
Histórias perdidas. Sonho que nem mais existe

Beijos, abraços, se fazem de lembranças antigas
Essas que a saudade vai buscar com lágrimas
Que os olhos choram como se fosse um doce canto
Saindo perdida no tempo em cada pingo de pranto

Passado distante escondido no silêncio da alma
Que sentada no vazio busca o eco da própria voz
Para se ouvir e não sentir toda essa solidão atroz

Mas tudo se perde no vazio denso de vil angustia
Que se faz viva, forte, morando nas tantas dores
Que até os ecos do grito da alma são de clamores.


José João
19/11/2.012



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Minha vida... um pot-pourri...


Minha  vida é um verdadeiro pot-pourri de versos tristes
Me surpreende a sutileza com que o coração os declama
As vezes são ladainhas, outras orações, ou perdidas preces
De momentos que a alma, chorando triste, nunca esquece

São versos feitos sem rima. Começo, sem meio e sem fim
Palavras choradas, atiradas no tempo... soltas, indo ao léu
Rodopiando em espirais que se fazem estradas, caminhos
Soltos no espaço fazendo que cheguem até perto do céu

Mas como balão de criança que sobe, que vai, que deixa
Os olhos cheios d'água, que se perde e não se sabe onde cai
É como o pot-pourri do meus versos, nunca sei até onde vai

Mas sai doído, de dentro da alma, qual eco de gritos perdidos
Como fossem soluços desde muito sempre chorados, sentidos
Contando minhas histórias por tantos momentos sofridos.


José João
01/08/2.012