sexta-feira, 13 de julho de 2012
Viver...sem viver
Quando a solidão em grito rompe
Clamando pelo menos uma saudade
A angustia chega e toda se apossa
Como se da vida fosse única verdade
E eis que chora do coração até a alma
Quem por desventura teve essa sorte
E se entrega pleno à falta de vontade
De viver... que clama sua própria morte
Assim a dor lhe impõe silêncio absoluto
Desde a fala até o silêncio do pensar
Então a vida escorre em suspiros leves
Fazendo dela mesmo motivo de chorar
Em profunda fenda o áspero e duro chão
Se abre engolindo até mesmo a ilusão
E assim segue o homem como sempre está
Vazio. Como viver fosse o mesmo que morrer
José João
13/07/2.012
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