sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tu. A asa que perdi


Qual ave inerte no chão caída
Que alçar voo é apenas um sonhar
Triste e pequena ave de asa partida
Que por canto, tem apenas o seu chorar

Quantos sonhos, coitada, lhe vêm agora!
E a liberdade perdida de poder voar
Em mudo canto ao distante céu implora
Que o vento a leve a qualquer lugar

Em desespero se entrega ao pranto
Moribunda ave de asa partida
Até o céu lhe perdeu o encanto
Já não lhe importa a própria vida

Supremo esforço. Voar a ave tenta
Como se o espaço lhe trouxesse a vida
Mas coitada, a asa não lhe aguenta
E triste ao mundo se dá perdida

Tu és a asa que de mim tiraram
E assim fiquei indefeso e triste
Mas és os sonhos que em mim  ficaram
Tu és o sempre que pra sempre existe


José João

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