sábado, 28 de abril de 2012

Pra viver...amar é preciso


Pensei que aquele ponto quase sem forma,
Lá distante no longínquo horizonte
Dos meus olhos, naquele distante horizonte
Onde apenas os olhos de um sonhador
Podem chegar, fosse minha saudade
Indo embora, me enganei, apenas aumentava
Vindo em minha direção, lento, mas inexorável,
Com certeza de quem, sem  precisar pressa
Encontra a caça, e eu, para a tristeza que vinha,
Era esta. Não corri por não ter para onde ir
Que adiantaria tentar fugir da tristeza
Quando a saudade são as amarras?
Apenas me aconcheguei mais ao silêncio,
Que estava em minha volta, chamei
Minhas lágrimas, que inutilmente tentavam
Se esconder e me preparei para recebe-la,
Assim como todo homem, que por ser homem,
Não sente medo, nem vergonha de chorar,
Por jamais ter tido vergonha de dizer: Ti amo.
Se, ao caírem, minhas lágrimas em meu rosto
Provocarem risos, não vou me esconder
Atrás de qualquer falso sorriso
Por não saber fugir dos meus momento,
E nem valeria a pena tentar, de tão gostoso
Que foi vive-los. Te-los comigo me faz bem,
Mais que um apenas recordar, eles me dizem
O quanto ainda posso e  sei amar,
E se por tanto vier a tristeza, e com ela a saudade,
Por tudo que fui e ainda posso ser um dia.
Certamente, elas passarão
E mais intensamente voltarei a fazer tudo outra vez.
Por que para viver... amar é preciso.


José João


Um comentário:

  1. Pra viver... amar é preciso...Intensamente! Assim como intenso são os teus versos.

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