segunda-feira, 23 de abril de 2012

Já não sei o que procuro


Oh! Distância infinda que nos separa
Talvez nem o tempo a nós separe tanto
Talvez por isso, em mim, minha saudade
Corre em minha alma e nela busca meu pranto

Oh! Cruel distância! Mais de espaço que de tempo
Oh! Angustia, vinda em entristecido pensar
Que me leva a quanto tempo em mim passado
Fazendo que o desespero ande sempre do meu lado

Que em conflito com a saudade me desperta
Pranto que pensei, há muito, já haver chorado
Mas que renasce mansamente e em silêncio
Como se em minha alma os tivessem tatuado

Oh! Dor que imposta pela distância
Em sofrimentos me fala a vida a verdade
Me tiraria da alma a vontade de existir
Não fosse o aconchego da saudade

Ainda assim vai meu grito em desespero
Como se da alma partisse tão forte apelo
Entre passos pedaços de mim ao tempo atira
Como se a mim mesmo me deixasse uma trilha

Para buscar tão longe, já o que não sei
tanto de mim perdei em horizontes já passados
Que sorrateira se aproxima lentamente a loucura
Que já não sei se  estou à minha ou a tua procura


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