segunda-feira, 12 de março de 2012

Um grito que seja



Grita, que importa que outros ouçam tua voz
Maldito seja o silêncio que ao mundo deixa mudo
Grita, deixa que pelo menos ouçam tua fala
Sem tua voz para ouvir em mim o mundo se cala


Grita, um canto sutil que seja, ao vento
Que atento com a alma ouvirei teu canto
Diz, por favor, se ainda algum dia te encontro
Diz o que queira mesmo que o dito cause pranto


Não importo que haverás de me dizer
Qualquer dizer que digas só quero te ouvir
Se de teus lábios incompreensível sussurro sair
Vou pensar que dizes dos momentos que vivi


Oh Silêncio atroz! Assassino que não fala
Não é tua a culpa é do silêncio que me cala
Oh! Temor que em desespero me toma o sentir
E o medo de pensar que não mais estejas aqui!


José João 

Um comentário:

  1. Olá José. Sua poesia me incentivou a quebrar as correntes, sabe? Dar meu primeiro e talvez decisivo grito de liberdade. Me alcançou.

    Mara 16/11/12

    ResponderExcluir