sábado, 24 de setembro de 2011

O jardineiro





Deixe que lhe diga em versos simples
O largo sentimento que me toma
Tão grande, a comparar no campo apenas
Com o jasmin que ao mundo exala seu aroma


Da palavra, o dom divino não me coube
A mim restou apenas ser um mero jardineiro
Sem leitura, aprendo a vida com as flores
Que belas e soberbas nascem em meu canteiro


Deixe-me que lhe diga em versos simples
Pois as palavras dos doutores não conheço
Mas sei sentir no peito um doce encanto
Apesar de senti-lo por quem eu não mereço


Mas de minha ignorância não reclamo
Apesar dela minhas mãos sabem falar
As flores, senhora, a mim se entregam todas
Dizem que como eu ninguém mais sabe amar.


José João

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