sábado, 9 de abril de 2011

Com que me pareço?!



As vezes me pareço tão criança
Por brincar de esperança
De crescer e ser feliz.
As vezes me pareço um menino
Brincando de traçar seu destino            
Pensando que ainda pode ser feliz
As vezes me pareço adolescente
Que traça a vida simplesmente
Sonhando que ainda pode ser feliz.
As vezes me pareço...
Um rapaz de trinta anos
Que parece ter sofrido alguns enganos
Mas  pensa que ainda pode ser feliz.
As vezes me pareço um senhor
De quarenta ou cinquenta
Que por vezes se lamenta
Lembrando tudo que não fez.
As vezes me pareço até comigo
Com sonhos mortos e até já esquecidos
Dizendo que viver...
É melhor que ser feliz.















Mais um sonho


Foi apenas mais um sonho,
Desses sonhos que não se deve sonhar
Por que fazem o amanhã mais triste,
Desses sonhos que nascem mortos
Mas deixam a tristeza viva,
Doendo cruelmente dentro da alma,
Um sonho  que ao ir-se se fez lágrimas.
Se fez solidão e faz que seja,
A solidão, espaço vazio, escuro,
Habitando dentro da gente
E nos cabendo todo dentro dele mesmo.
Foi apenas mais um sonho
Como todos os sonhos que ousei sonhar,
Que ainda criança se fizeram moribundos
Nem esperaram o alvorecer
Para dizer adeus, se foram,
Antes mesmo de senti-los sonhos
Se foram como se o destino
Não lhes permitisse crescer
Para que nem esperança houvesse.

Eterno é...


Se não soubesse eternizar os momentos
Que seria de mim agora?
Se não soubesse fazer de eterno
O que passamos juntos
O que eu seria agora?
Eterno é o primeiro beijo que trocamos,
É aquele teu olhar de anjo divino,
Eternamente ficou em mim tua voz
Quando docemente me disseste:
Ti amo. Eterno é a emoção  que senti
Quando toquei teu corpo.
Eterno é teu olhar doce de luar
Com gosto de anjo e mulher.
Eterno é estás dentro de mim
Fazendo o coração pulsar mais forte.
Eterno é todo esse sentimento louco
Que me leva a teus braços?!!!
Eterno é a vontade de ti amar sempre mais,
Como se tudo fosse tão pouco.
Eterno é... esse sentimento ...
 (lágrimas)  ... que me deixaste.
O eterno é tão ... simples,
É apenas ser teu... para sempre,
A cada momento, mesmo sendo impossivel
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Se eu não for eternamente teu,
A cada momento, de que me serve ser teu?

A poesia é... nossas lágrimas


Minhas poesias não são belas
São apenas poesias, simples sonhos
Ou até minhas vontades,
Conflitantes por vezes,
É  minha maneira de dizer
Dos meus sentimentos e momentos,
Minha maneira de me fazer comum
Como tantos que choram,
Que sentem saudade
E escondidos derramam seus prantos.
Minhas poesias, muitas vezes.
São lágrimas choradas silenciosamente,
Ou desesperados gritos silenciosos
De minha alma.
Não sei fazer poesias belas.
Talvez saiba fazer poesias vivas
Por serem tão verdadeiros
Os momentos que poetizo,
Se poetizar não for verbo
Não importa, eu substantivo O chorar
Por ser concreto,
Ou verbalizo o amar como abstrato
E assim não precisa que minhas poesias
Sejam belas, basta apenas
Que sejam eu ou você
Que choramos lágrimas diferentes
Por dores tão parecidas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Triste os que nunca amaram

Que importa dos outros o desdém?
Desses tantos que nunca sabem
O que é na vida um querer bem?
Desses que vivem, coitados,
Sem amar nunca ninguém?

Que importa as tantas zombarias?
Desses que se perdem nas palavras
E rezam soberbas heresias,
Se perdem no tempo sem viver
E juram ser verdade as fantasias?

Zombem quando grito que eu amo
Riam se choro amores que perdi
Zombem pelas dores que já sofri,
Um dia vocês estarão mortos
E eu, vivo, nos amores que vivi.

Que fazer?

Que fazer
Depois que tudo estiver perdido?
Depois que os beijos
Não fizerem mais sentido?
E as palavras? Que antes sorriam
Se fizerem de eco
Num espaço esquecido?
Que fazer?
Que fazer
Quando em teus braços
Quiser adormecer?
Sentir saudade do teu jeito de dizer
Sussurrando inocente
Querendo mais prazer?
Que fazer da vida
Se sem ti não sei viver?
Que fazer do tempo
Se não posso ti esquecer?
Que fazer de mim
Se toda minha vida é só você?

Momentos eternos

De que saudade tanto e tantos falam?
Que saudade tão doída de se sentir?
Com certeza falam de uma outra saudade
Não daquela que gosto de sentir por ti

Se a saudade que ti sinto fosse dor
De senti-la, ainda assim eu gostaria
Mas com certeza não é dor essa saudade
Mas se fosse, ainda assim eu viveria

Que mais me faz tão desperto esse viver?
A não ser essa saudade que me fazes merecer
E se um dia qualquer de mim ela se for
Ti trarei em sonhos para assim poder viver

Preciso cultivar essa saudade tão singela
Que nasce como se de mim nascesse o sol
E me entrego todo, e pleno, e intesamente
Que em cada momento ela se faz eternamente.

"Se esta rua,se esta rua fosse minha"



"Se esta rua, se esta rua fosse minha"
Eu mandava, eu mandava não pisar
Para que minhas lágrimas tão tristes
Se fizessem de história do lugar.

"Se esta rua, se esta rua fosse minha"
Eu plantava um roseiral para alegrar
Os olhos tristes de amantes sofredores
Que, como eu, passam a vida a chorar

"Se esta rua, se esta rua fosse minha"
Eu mandava em noites frias de luar
Mostrar estrelas que ainda não conheço
E meus sonhos, todos eles, calentar

Mas a rua é de todos não é minha
E assim minhas lágrimas a rolar
São pisadas, humilhadas e cuspidas
Que me fazem nunca mais querer amar.

José João

Te espero




Quem dera visses a tristeza dos meus gritos
- Ou dos pensamentos -
Te gritando como louco entre as horas
- Ou entre os momentos -
Te buscando entre tantos sonhos perdidos
- Ou perdidos sentimentos -
Já nem sei se esta saudade é só saudade
- Ou um rosário de tormentos -

Te busco, incansável, entre as tantas vidas
Brincando de estrela no universo
Correndo em volteios como leve brisa
Com teu nome brincado de fazer verso

Quem dera meus gemidos te chegassem
Como orações que minha alma reza aflita
Ou em pedidos que ela, chorando, grita

Há se a dor que agora sinto tu soubesses...
Soubesses do vazio que me cala, me emudece
Quem sabe, pra mim, correndo tu viesses?

José João