terça-feira, 8 de março de 2011

De dentro da alma





É de minha alma que a poesia
Salta, pula e voa,
Flutuando entre dores
Que se fazem à-toa
E por à-toa serem se tornam riso
E a poesia se torna canto
Por ser preciso.
É na minha alma que a poesia
Desperta, chora e grita
Se fazendo ao mundo oração aflita
Ou blasfêmias ditas
Por corações sofridos
Em que a vida já não faz sentido.
É na minha alma que a poesia
Geme, soluça e cresce
Triste pelas dores que não merece,
Pobre alma que em mim se torna
Guardado cheio de pleno vazio
Onde a solidão se completa em cio.


José João

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