sábado, 19 de março de 2011

Agora lembro... já te esqueci



Tanto te dei, que tanto perdi e tanto chorei
Até meu sonhar, agora sei, pra ti foi tão pouco
Minha saudade, ais e suspiros, todos te dei
Pobre de mim, ao te ouvir me chamar de louco

Louco por tanto, louco por tudo, louco eu sou
Se pisas minha alma, se ris do meu canto
Se zombas do canto que minha alma cantou
Não importa! Todos sabem que louco eu sou

Se a porta se abre, o mundo se fecha, onde entrar?
Com teu sorriso, que porta, que mundo se pode abrir?
Se é sorrir por sorrir, se é chorar, onde ficar?
Se parado, ou se sobre o tempo poder caminhar

Caminhos perdidos, por sonhos vencidos, e vivídos
Em loucuras doentes, vontades dormentes, dementes
Que fazem voltar,  e no espaço perdido fazem chorar,
Que importa se louco, agora preciso e só quero gritar

Queres que grite? Um nome? Grito, não vou te chamar
Fantasma tristonho seria teu nome, seria lembrar
De beijos molhados, corpos suados, teu sussurrar
Ou mesmo gritando, prazer incontido: Quero ti amar

Que louco eu fui, se estou, ou se louco ainda sou
Marcando teu corpo, de beijo de gosto sem nenhum sabor
Na fronha uma flor perdida sem côr, o tempo apagou
Matando a vontade do corpo desnudo que a vida marcou

Caminhos perdidos, num corpo marcado por tanto prazer
Se pisas minha alma, se ris do meu pranto, agora eu vi
Em loucuras doentes, vontades dormentes, dementes
Que agora me lembro, esqueci de dizer que já te esqueci.

José João



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