quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Minha alma





Qual inocente pomba que no céu se perde
Voando a esmo em perdido espaço
Gemendo triste, o coração partido
Pelo pobre filho que caiu no laço


Qual alvo lírio que no prado murcha
Pelo cruel calor de ardente estio
Ou como peixe em agonia lenta
Porque sem água lhe secou o rio


Assim minha alma no espaço chora
Pede aflita e não escolhe a hora
Qual mãe que a vida do filho implora


Que um dia encontre um doce regaço
De que preciso e sem o qual não passo
Bem pode ser qualquer terno abraço.


José João

Um comentário:

  1. Ah João que linda.É incrível! É assim que andava minha alma, até encontrar um anjo...

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